SNS

Enfermeiros em Vila Real lutam pela transformação de contratos precários em contratos definitivos, pagamento de retroativos a 2018 e contabilização de pontos para progressão de carreira. Concentração faz parte de mais de uma dezena de ações de luta planeadas a nível nacional para o mês de agosto.

Das 54 medidas para "salvar" o Serviço Nacional de Saúde apresentadas pelo Governo de Luís Montenegro, apenas duas estão concluidas, 23 estão "em curso" e 29 ainda estão por iniciar. Problemas na saúde agravam-se durante o verão.

Despesa de hospitais públicos com medicamentos tem aumentado paulatinamente. No primeiro semestre de 2024, os medicamentos custaram aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde mais de 1.116 milhões de euros. Circulação de novos fármarcos, geralmente mais caros, é uma das causas.

Enfermeiros lutam contra a discriminação na carreira de enfermagem e por aumentos salariais significativos. Sindicato dos Enfermeiros Portugueses anunciou que a greve está com uma adesão de 80% e que há mais de uma dezena de novas ações de luta planeadas para Agosto.

Médicos fazem greve de dois dias para reivindicar melhores condições profissionais, criticando a postura autoritária da Ministra da Saúde. Utentes juntam-se à classe médica para lutar contra a privatização do Serviço Nacional de Saúde.

Na reunião de sexta-feira entre FNAM e Ministério da Saúde, este recusou incluir no protocolo negocial a negociação da remuneração base e outras propostas para valorizar a carreira e melhorar as condições de trabalho.

A FNAM diz que a forma de pagamento que o Governo quer aplicar esta semana vai pôr em causa a segurança dos doentes e provocar a exaustão dos médicos, ao retirar limites ao trabalho suplementar.

Depois de cancelar a reunião de início de negociações com a federação sindical dos médicos, a ministra da Saúde ainda não agendou nova data. FNAM diz que “o SNS não tem tempo para continuar à espera”.

Na interpelação ao Governo sobre política de saúde, Mariana Mortágua acusou o executivo de prosseguir os erros do anterior Governo e transformar o serviço público numa central de compras aos privados.

Presidente da FNAM diz ser inaceitável que se continuem a encerrar serviços por falta de médicos e desta vez “com a agravante de haver ocultação de informação” por parte da ministra Ana Paula Martins. Bloco quer ouvir administração demissionária da ULS de Viseu Dão-Lafões, por entender que “o passa-culpas como estratégia não resolve nenhum problema”.
 

Ministra da Saúde deu orientações para que as escalas deixem de ser divulgadas publicamente na internet. Em Viseu, os utentes lembram que em março o então candidato do PSD António Leitão Amaro fez campanha à porta do hospital a contestar o encerramento das urgências pediátricas noturnas ao fim de semana. Mal chegou ao Governo, passaram a fechar todas as noites da semana.
 

A conclusão que podemos retirar deste plano é que o governo da AD quer desmontar o SNS. As medidas apresentadas são remendos que não aumentam a capacidade do SNS e apostam sobretudo na externalização de serviços para os privados e para o setor social.

Mário André Macedo e Bruno Maia

Centenas de pessoas manifestaram-se este sábado em Viseu no dia em que o serviço de urgências pediátricas do Hospital de Viseu vai encerrar no período noturno. Fotos de Ana Mendes.

Mariana Mortágua lamentou que os erros crassos do PS e de Marta Temido na Saúde sejam agora aproveitados pelo Governo PSD/CDS-PP para "destruir o Serviço Nacional de Saúde de forma cobarde".

O Governo autorizou aumentos de 40% no pagamento aos médicos prestadores de serviços. Para a FNAM, a medida vem desincentivar a fixação de médicos no SNS e contribuir ainda mais para a saída dos profissionais.

Federação Nacional dos Médicos leva dez pontos de negociação para a reunião com o Ministério da Saúde na sexta-feira. Bloco de Esquerda considera que a direção executiva do SNS agora demissionária “serviu de biombo para o Ministério se esconder e se escudar das responsabilidades de decisão política”.

Se as condições de trabalho não melhoraram, nem os salários, para onde foi direcionado o orçamento da saúde? Para os convénios com os privados? Para as empresas de trabalho temporário? Por Ana Sofia Cunha.

No ano passado, os profissionais de saúde realizaram 16,9 milhões de horas extraordinárias. A estas juntaram-se mais seis milhões de horas de trabalho por parte de tarefeiros, sobretudo médicos.

A falta de médicos que levou ao encerramento de vários Serviços de Urgência está a agravar-se em vários hospitais do país. Desta vez, "não foi preciso os médicos atingirem as 150 horas" extraordinárias para o problema ser visível.

Cinco sindicatos de enfermeiros uniram-se em compromisso pela enfermagem e redigiram um memorando de entendimento com as reivindicações conjuntas, demonstrando “um sinal de força para a profissão”.