Iniciou esta segunda-feira a greve parcial e por tempo indeterminada convocada pela Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros (ASPE) nas unidades locais de saúde de Coimbra, de S. João e Santo António no Porto e de Santa Maria e S. José em Lisboa. Vice-presidente da associação fala numa “encenação de negociações” por parte do governo.
“A senhora ministra desde 26 de abril que não reúne com a ASPE”, afirmou à SIC Álvara Silva. “A 26 de abril apresentámos propostas concretas de alteração da tabela salarial, acordo coletivo de trabalho e outras, e desde essa data não temos um único comentário por parte do ministério da Saúde”.
Como a ministra se ausentou do diálogo com a associação sindical, a ASPE defende que se assinou “um protocolo que de facto nunca aconteceu, ou seja, houve uma encenação de negociações”.
As paralizações iniciadas pelo sindicato são de duas horas por turno e decorrem entre os turnos da manhã, das 9h30 às 11h30, e no turno da tarde, das 16h30 às 18h30. Para além da insatisfação com a posição do governo de Luís Montenegro, a ASPE reivindica a atualização salarial, o fim dos limites à progressão das carreiras e uma quota mínima de 35% de enfermeiros na categoria de especialistas.
Nesta greve, estão garantidos serviços mínimos para as situações urgente e inadiáveis por duas horas, bem como para tratamentos em curso nomeadamente em hospital de dia. A greve, que abrange centros de saúde e hospitais, exclui os serviços de atendimento urgente, as urgências hospitalares, os cuidados intensivos intermédios e paliativos, os blocos operatórios e de partos, os hospitais de dia e os serviços de hospitalização domiciliária, hemodinâmica e hemodiálise.