Saúde

PPP na Saúde

O escândalo do grupo que detém em Portugal a PPP do Hospital de Cascais mostra que a privatização da saúde não visa curar, mas sim monetizar a doença, transformando os pacientes em ativos financeiros e a saúde num luxo. 

porTroy Nahumko

Dar pulseiras verdes sem justificação médica a doentes triados como amarelos ou atender primeiro os casos menos graves para reduzir a lista de espera foram algumas das práticas no hospital de Torrejón que estão a escandalizar Espanha.

Linha SNS24

Avaliação ao programa “Ligue Antes, Salve Vidas” expõe falhas do sistema e casos de utentes que viram negado o acesso aos cuidados de saúde, violando a Constituição.

O CEO do grupo Ribera, que detém a única PPP dos hospitais públicos portugueses, deu instruções aos dirigentes de um hospital público que gere na região de Madrid para aumentarem listas de espera e recusarem doentes em nome do lucro. Dirigentes hospitalares que denunciaram internamente as ordens foram despedidos.

Lutas

Para o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, o dia 11 de dezembro também será de luta contra a proposta de ACT do Ministério da Saúde, que acusam de pretender “poupar dinheiro à custa dos enfermeiros”.

Manifesto

Num manifesto, 30 personalidades ligadas à Saúde e à defesa dos serviços públicos acusam a centralização da gestão do acesso da doença aguda na Linha SNS24 de desvirtuar o centro de saúde e o conceito de proximidade no SNS.

Açores

PSD e Chega impediram a realização das audições propostas pelo Bloco sobre a intenção do Governo Regional de privatizar o serviço de hemodiálise do Hospital de Ponta Delgada e a hipótese de vir a ser entregue à empresa do irmão da presidente do hospital. 

O Grupo de Ativistas em Tratamentos apela à imunização contra doença grave provocada pelo vírus mpox e exige acesso equitativo e gratuito à vacina contra a hepatite A.

Pouco mais de dez anos depois do surto em Vila Franca de Xira que afetou mais de 400 pessoas, os casos estão em alta. DGS fala em melhorias na deteção. Médicos de saúde pública alertam para falta de planos de prevenção e de aplicação de medidas de mitigação. 

O Governo prepara um decreto que pretende reduzir o valor pago por hora e a despesa geral com os médicos prestadores de serviços. Mais de mil juntaram-se no WhatsApp e preparam uma paralisação geral.

Ana Paula Martins garantiu aos deputados que Umo Cani não tinha tido acompanhamento até dar entrada no hospital com 38 semanas de gravidez. Na verdade, era seguida no centro de saúde desde julho, foi referenciada em agosto para o Amadora-Sintra por “elevado risco obstétrico” e teve ali várias consultas.

Direção executiva do SNS reuniu com diretores hospitalares e mandou-os cortar despesas como a compra de medicamentos, exames complementares de diagnóstico e terapêutica, cirurgias para aliviar listas de espera, as contratações de pessoal e de prestação de serviços e transporte de doentes não urgentes.

A avaliação da Entidade Reguladora da Saúde diz que o SNS continua a fazer mais consultas e cirurgias, mas o número de utentes em espera continuou a aumentar no primeiro semestre do ano.

Imprensa adianta que Sérgio Janeiro será substituído por Luís Cabral. Mas as auditorias ao sistema de emergência que este lidera nos Açores levam o sindicato a pedir a reavaliação da escolha. Catarina volta a criticar silêncio de Marcelo sobre estado da Saúde em Portugal.

A ministra da Saúde tinha prometido um sistema de incentivos para médicos integrarem o modelo de urgências regionais. Mas na proposta que enviou aos sindicatos diz-se que as deslocações são afinal “inerentes” às funções.