Médicos convocam greve para 23 e 24 de julho

06 de julho 2024 - 11:39

Na reunião de sexta-feira entre FNAM e Ministério da Saúde, este recusou incluir no protocolo negocial a negociação da remuneração base e outras propostas para valorizar a carreira e melhorar as condições de trabalho.

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médicos em luta
Manifestação de médicos em outubro. Foto FNAM/Facebook

Em comunicado, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) dá conta de que na reunião de 5 de julho com o Ministério da Saúde não foi possível chegar a acordo sobre as matérias a incluir nas negociações entre as duas partes.

“Apesar da FNAM ter aceitado incorporar no protocolo negocial todos os pontos propostos pelo MS, o Governo recusou incluir os pontos propostos pela FNAM, fundamentais para garantir soluções que defendam o SNS, impossibilitando a assinatura do protocolo e empurrando os médicos para a greve e outras ações de luta”, afirma a federação sindical, anunciando o agendamento de uma greve geral nacional para todos os médicos a 23 e 24 de julho, para além de uma greve ao trabalho extraordinário nos cuidados de saúde primários a partir de 23 de julho até 31 de agosto e do apelo aos médicos para usarem as minutas de indisponibilidade para o trabalho suplementar para além dos limites legais.

Segundo a FNAM, o Ministério propôs a negociação da remuneração base dos médicos apenas em 2025, quando os sindicatos consideram o tema prioritário e queriam começar a negociar já este ano. No protocolo proposto pelo Ministério, não estavam também incluídas medidas para a melhoria das condições de trabalho e valorização da carreira de todos os médicos, “com a recusa de incluir a revisão do período normal de trabalho e reintegração do internato médico na carreira médica”.

Os médicos acusam o Governo de ter como única proposta a “recompensa extraordinária” do trabalho suplementar até ao fim deste ano e consideram que esta é “mais uma medida avulsa que condena os médicos ao trabalho suplementar e à exaustão, colocando em risco a segurança dos doentes”.
 

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