A ministra da Saúde tinha prometido um sistema de incentivos para médicos integrarem o modelo de urgências regionais. Mas na proposta que enviou aos sindicatos diz-se que as deslocações são afinal “inerentes” às funções.
Inquérito do PLANAPP aos profissionais de saúde avaliou o grau de satisfação com as várias dimensões do seu trabalho. No caso dos médicos, a insatisfação é maior no Algarve e em Lisboa e Vale do Tejo.
Em janeiro e fevereiro de 2025, a quantidade de utentes sem médico de família aumentou. Dificuldade em reter médicos é um problema, aposentação e saída de profissionais é causa de agravamento.
No fim de semana foram 13 urgências fechadas e esta semana são 16. Mas quando chegar o fim do mês e a maioria dos médicos atingir o limite de horas extraordinárias a situação vai “piorar ainda mais”. Um diagnóstico comum aos dois maiores sindicatos do setor e a um movimento de médicos.
Caso coloca em risco mais de 500 mil habitantes da região e já levou ao cancelamento de mais de mil consultas. Sindicato exige resposta imediata da ministra da Saúde.
A FNAM acusa o Ministério da Saúde de tentar impor a “banalização da prestação do tempo extraordinário” e de “condicionar o acesso dos utentes ao seu médico de família”. O ano novo vai começar com greve às horas extraordinárias.
Concentração dos médicos juntou centenas de pessoas, entre profissionais de saúde e utentes. Dirigentes da Federação Nacional dos Médicos falam em plano da ministra para "acabar com o SNS".
Federação Nacional dos Médicos acusa ministra de "empurrar" os profissionais de saúde para a greve e de agravar "o caos instalado no Serviço Nacional de Saúde".
Vice-presidente da Federação Nacional de Médicos fala em "situações de distorções" sobre problemas do Serviço Nacional de Saúde e acusa medida anunciada por Luís Montenegro de ser demagógica. O que é preciso é "valorizar as carreiras, os salários, as condições de trabalho".
Até junho, 665 médicos aposentados voltaram a exercer atividade no Serviço Nacional de Saúde. Governo prevê a contratação de até 900 médicos reformados em vez de tornar mais atrativas as carreiras no SNS.
Médico. Antigo coordenador nacional para a Reforma dos Cuidados de Saúde Primários, defendeu o Serviço Nacional de Saúde e a saúde como serviço público. Morreu aos 68 anos de doença súbita.
Na reunião de sexta-feira entre FNAM e Ministério da Saúde, este recusou incluir no protocolo negocial a negociação da remuneração base e outras propostas para valorizar a carreira e melhorar as condições de trabalho.
A FNAM diz que a forma de pagamento que o Governo quer aplicar esta semana vai pôr em causa a segurança dos doentes e provocar a exaustão dos médicos, ao retirar limites ao trabalho suplementar.
Depois de cancelar a reunião de início de negociações com a federação sindical dos médicos, a ministra da Saúde ainda não agendou nova data. FNAM diz que “o SNS não tem tempo para continuar à espera”.
Apenas um em cada quatro médicos especialistas aderiram ao regime criado pelo anterior executivo. E metade fizeram-no porque a isso estavam obrigados. FNAM continua a contestar a constitucionalidade do regime e quer incluí-lo nas negociações com o Governo.
O Governo autorizou aumentos de 40% no pagamento aos médicos prestadores de serviços. Para a FNAM, a medida vem desincentivar a fixação de médicos no SNS e contribuir ainda mais para a saída dos profissionais.
Se as condições de trabalho não melhoraram, nem os salários, para onde foi direcionado o orçamento da saúde? Para os convénios com os privados? Para as empresas de trabalho temporário? Por Ana Sofia Cunha.
No ano passado, os profissionais de saúde realizaram 16,9 milhões de horas extraordinárias. A estas juntaram-se mais seis milhões de horas de trabalho por parte de tarefeiros, sobretudo médicos.
A falta de médicos que levou ao encerramento de vários Serviços de Urgência está a agravar-se em vários hospitais do país. Desta vez, "não foi preciso os médicos atingirem as 150 horas" extraordinárias para o problema ser visível.
Bruno Maia responde aos “princípios gerais vagos” que o PS apresenta no programa sobre condições de trabalho dos profissionais de saúde. Classifica de “inútil” a proposta de obrigar especialistas a ficar algum tempo no SNS por já ser aplicada em alguns casos e “esses médicos preferem pagar as indemnizações ao Estado para sair”.