As enfermeiras que foram discriminadas em mobilidade de concurso para a categoria de enfermeiras especialistas porque estavam em licença de parentalidade ou de gravidez de risco viram a sua injustiça a ser finalmente retificada.
Desde 2018 que 18 enfermeiras lutavam, com o apoio do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), para verem a decisão errada da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) corrigida. Na passada quinta-feira, o SEP anunciou que as suas reivindicações foram aceites pelo Ministério da Saúde.
Agora, o grupo de enfermeiras veem as suas reivindicações atendidas e vão passar a receber o suplemento remuneratório de enfermeiro especialista, no valor de €150, a partir do momento que passaram a exercer funções na ARSLVT e após 1 de janeiro de 2018. Vão também poder transitar e ser reposicionadas na grelha salarial da categoria de Enfermeiro Especialista e vão receber os retroativos referentes ao período em que deveriam ter recebido o complemento remuneratório de enfermeiro especialista.
Saúde
Bloco continua à procura de soluções para enfermeiras discriminadas por serem mães
Lembre-se que o Bloco de Esquerda submeteu no início de agosto um projeto de lei que dava conta da discriminação sofrida pelas enfermeiras e procurava retificar esta situação. Uma vez que não havia prazo de resolução à vista, o projeto de lei tinha como objetivo concluir o processo ao reposicionar as enfermeiras na categoria de enfermeiro especialista.
O SEP relembra que foram várias as ações de luta junto do Ministério da Saúde, da ARSLVT, e de grupos parlamentares e partidos políticos para que as reivindicações fossem auscultadas e integradas.