A falta de resposta do Governo à crise na habitação fez aumentar a participação nas manifestações "Casa para Viver" deste sábado. "É a mobilização popular e social que vai pressionar o Governo", afirmou Mariana Mortágua.
Alexandre Isaac explicou que este sábado a Nazaré junta-se a várias outras localidades do país para dar visibilidade à luta pelo direito à Habitação e para trilhar caminhos que permitam superar uma “crise que se sente muito no presente, mas ameaça a estabilidade do futuro”.
O país volta a sair à rua este sábado para reclamar medidas que respondam agora à crise da habitação. O Esquerda.net mostra onde se realizam as concentrações.
Valor mediano das rendas a nível nacional ficou-se acima dos sete euros por metro quadrado pela primeira vez desde que há registo. Número de novos contratos recuou.
Das 29 casas anunciadas para arrendar a professores em Lisboa e Portimão, apenas sete professores conseguiram lugar em Lisboa e oito em Portimão. Fenprof vai juntar-se às manifestações "Casa para Viver" este sábado.
Mariana Mortágua visitou uma residência universitária em Lisboa e deixou o alerta que sem respostas "à altura da catástrofe", as pessoas desistem do ensino superior e emigram. Bloco apresentou plano de emergência para este ano letivo.
Catarina Taborda, do coletivo Covilhã a Marchar, defende que não é radical sair à rua para exigir melhores contratos de arrendamento e tetos máximos para as rendas, radical é não ter acesso a um direito constitucional. Concentração do próximo dia 30 tem início às 15h, em frente à Câmara Municipal da Covilhã.
A poucos dias das manifestações "Casa para Viver", a organização católica defende que “o direito à habitação é um direito fundamental da pessoa e da família”, pois sem acesso à habitação "está comprometida a integral realização da pessoa”.
Proposta do Bloco para rever critérios de acesso à habitação municipal passava a permitir candidaturas de quem vive no concelho há menos de quatro anos. Mas acabou chumbada no executivo municipal.
A iniciativa, que conta com a participação de especialistas e ativistas internacionais, eurodeputados e atores políticos nacionais, terá lugar no Teatro do Bolhão, entre 20 e 22 de outubro.
Mariana Mortágua inaugurou este domingo o outdoor da campanha do Bloco pelo direito à habitação. Esta avança três propostas: proibir a venda de casas a não residentes que esta venda está a aumentar preços, colocar tetos no arrendamento e limites na taxa de esforço do empréstimo bancário.
Alguns dos maiores ilustradores nacionais lançam uma coleção de “cartazes-ilustração” de apelo à manifestação Casa para Viver. Este domingo, à tarde, no Largo do Intendente, os autores apresentam as suas criações.
Em entrevista para o Esquerda.net, o ativista, assistente social e investigador em estudos urbanos António Brito Guterres falou sobre a transversalidade da crise da habitação, as suas causas e consequências, e as medidas que a poderiam resolver, já aplicadas noutros países europeus.
Os problemas habitacionais que afetam a comunidade LGBTQI+ são o mote de mais um manifesto que convoca a manifestação do próximo dia 30 de setembro pelo direito à habitação.
Esta sexta-feira, o PS recusou todas as propostas da oposição para melhorar o pacote Mais Habitação. Pedro Filipe Soares diz que agora "tem de ser a sociedade civil a dizer ao Governo 'Basta!'" nas manifestações de dia 30.
Mariana Mortágua lamentou que o Governo insista no erro e recuse três propostas que poderiam resolver a crise da habitação. Sobre as novas medidas do executivo para o crédito à habitação, considera que mais uma vez “as pessoas perdem e a banca ganha”.
Durante a discussão do pacote Mais Habitação, um grupo de ativistas presente nas galerias da Assembleia da República interrompeu a intervenção do deputado Hugo Carvalho, exigindo “Casas para Viver”.
Duzentos professores e educadores subscreveram, até ao momento, apelo lançado pelo grupo Unidos Somos Imparáveis à participação nas manifestações de 30 de setembro pelo direito à Habitação, que ocorrerão em diversas cidades do país.
Ativista da Plataforma Já Marchavas, Graça Marques Pinto lembra que Viseu foi a capital de distrito com maior subida das rendas no primeiro trimestre de 2023, e apela à participação na concentração neste município a 30 de setembro, pelas 15h, na Rua Formosa (junto à estátua do Aquilino Ribeiro).
A ativista pelo direito à habitação Patrícia Felício afirma que o Porto está montado de acordo com os planos de Rui Moreira, que passam pela expulsão dos moradores para responder à especulação imobiliária e pressão turística. Manifestação Casa para Viver, de 30 de setembro, tem início na Batalha, às 15h.
Organizadores das manifestações de 30 de setembro estiveram em Algés durante a reunião do Conselho de Ministros para reclamar respostas urgentes à crise na habitação.
As duas moções apresentadas pela vereadora bloquista em Lisboa propunham que a Câmara instasse o Governo a disponibilizar alojamento a preço acessível aos professores deslocados e apoiar os estudantes recém-entrados no ensino superior.
Vanessa Brandão, do Chão das Lutas, refere que a crise da habitação não se restringe a Lisboa e Porto. Cidades como Braga, e até municípios adjacentes como Famalicão e Guimarães, estão a ser fortemente afetados. Na capital de distrito, a manifestação de 30 de setembro tem início às 15h no Coreto da Avenida.
Mariana Mortágua acusou o executivo socialista de nada fazer para limitar os aumentos de rendas no próximo ano e anunciou que o Bloco entregará um projeto de lei no Parlamento nesse sentido.