Habitação

Bloco quer “pôr mãos à obra para resolver crise de habitação”

06 de junho 2025 - 16:11

Comissão Europeia recomenda tetos às rendas e limitação do Alojamento Local em Portugal. Mariana Mortágua diz que "já passou demasiado tempo" e "a crise é demasiado grave" para não se adotarem medidas que possam de facto resolver a crise de habitação.

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Mariana Mortágua
Mariana Mortágua. Fotografia de Bruno Moreira.

O Bloco de Esquerda vai apresentar medidas para combater a crise de habitação no imediato. Mariana Mortágua salientou que a avaliação que Bruxelas faz, com medidas orçamentais para Portugal, “diz aquilo que o Bloco de Esquerda tem vindo a dizer ao longo dos últimos meses”.

No balanço que a Comissão Europeia faz, são identificados vários problemas que o Bloco de Esquerda já tinha sinalizado há anos. É o caso do atraso na construção, que segundo a deputada bloquista “não vai resolver o problema estrutural da habitação num curto prazo”.

Bruxelas também sublinha a necessidade de colocar tetos às rendas, medida que o Bloco de Esquerda levou como bandeira para as eleições legislativas de 18 de maio de 2025. É ainda apontado um problema com prédios vazios e devolutos e a importância da regulação do alojamento local.

“O Bloco de Esquerda passou os últimos anos a alertar para isto mesmo”, disse a coordenadora do Bloco de Esquerda aos jornalistas. “Ao longo dos últimos meses, as adjetivações que fizeram sobre as propostas que apresentámos foram criativas. De radicais a impossíveis ou inconsequentes, tudo foi dito sobre as medidas do Bloco de Esquerda”.

Mariana Mortágua usou esse pretexto para desafiar os outros partidos a criticar a Comissão Europeia “nos mesmos termos”, sublinhando que o importante é “pôr mãos à obra para resolver a crise de habitação em Portugal”.

O Bloco de Esquerda vai apresentar projetos para “limitar o Alojamento Local” e convidar especialistas independentes para trabalhar sobre uma medida para pôr tetos às rendas. “Já passou demasiado tempo, a crise é demasiado grave, e agora com o apoio da União Europeia, talvez as propostas do Bloco de Esquerda possam ser compreendidas”.