Função Pública

Em dia de forte paralisação, os trabalhadores da Função Pública também saíram à rua e lembram que o governo ainda nem negociou a proposta sindical. Mariana Mortágua diz que o Governo prometeu resolver problemas em campanha mas agora está a deixar arrastá-los “sem solução à vista”.

Trabalhadores da Função Pública promoveram esta terça-feira um cordão reivindicativo. Frente Comum lamenta que PS, PSD, IL e Chega tenham sido unânimes a chumbar e inviabilizar propostas de aumentos salariais, valorização de carreiras e valorização e reforço dos serviços públicos.

A Frente Comum responsabiliza o primeiro-ministro pelas “respostas que não vai dar” com o Orçamento, nomeadamente na progressão na carreira e nas questões salariais. José Soeiro concorda que é “urgente” dar respostas aos trabalhadores.

Mariana Mortágua foi esta manhã à Escola Passos Manuel demonstrar solidariedade para com os trabalhadores da Função Pública que cumprem esta sexta-feira um dia greve. Para ela, estão a lutar por uma “vida digna” e pela defesa dos serviços públicos.

Os efeitos da greve começaram-se já a sentir na noite desta quinta-feira, nomeadamente com várias recolhas de lixo a encerrarem. Valorização salarial e valorização dos próprios serviços públicos estão à cabeça das reivindicações apresentadas pela Frente Comum.

Um inquérito a mais de dois mil funcionários públicos sobre o Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública comprovou a perceção negativa, com 90% a considerá-lo injusto.

Mecanismo que permitirá que quem sofreu congelamento de carreira possa, em seis anos, e não em dez, progredir uma posição na tabela remuneratória deixa de fora trabalhadores com contrato individual de trabalho (CIT) e técnicos de diagnóstico e terapêutica.

Na sequência do aumento intercalar de 1% dos funcionários públicos, o Governo atualizou as tabelas de isenção mas não isentou a Base Remuneratória da Administração Pública. Sindicatos contestam a decisão.