Ensino Superior

Infiltrações, pragas de percevejos, falta de espaço de estudo e de infraestruturas para cozinhar. Estudantes alojados em pousadas da juventude denunciam más condições.

Centenas de bolseiros de todo o país manifestaram-se em Lisboa para reforçar a luta contra precariedade laboral e criticar a "falta de vontade" para resolver os problemas dos bolseiros.

Grupo de professores entregou um manifesto à presidente do Instituto Politécnico de Setúbal onde criticam processos de avaliação dos docentes e baixa valorização do trabalho e exigem cumprimento da lei.

Foram 50 as queixas de assédio moral e de assédio sexual registadas na Universidade de Lisboa. Apenas 20 deram lugar a processo disciplinar, e dessas, só oito resultaram em sanções.

Na primeira fase do concurso de acesso ao Ensino Superior deste ano houve uma forte quebra de entradas de estudantes beneficiários do escalão A da Ação Social Escolar.

Bloco de Esquerda posiciona-se contra o aumento das propinas anunciado para o Orçamento de Estado de 2025. Partido dá entrada esta sexta-feira de projeto de lei para pôr fim às propinas.

Governo quer exceção ao regime de dedicação exclusiva para que bolseiros possam voluntariamente assumir uma carga letiva no ensino básico e secundário. Associação dos Bolseiros de Investigação Científica vê a medida como forma de "ter o próprio Estado a usar-se da precariedade destes investigadores para resolver um problema que deve ser abordado de uma forma estrutural."

Sob o lema "Teto e Habitação, um Direito à Educação", milhares de estudantes manifestaram-se contra o aumento dos preços da habitação, que é cada vez mais uma barreira no acesso ao Ensino Superior.

 

À margem de uma reunião com dirigentes da Associação Académica de Coimbra, Mariana Mortágua defendeu que o Estado pode criar soluções imediatas,  adaptando edifícios públicos ou recorrendo ao setor hoteleiro e alojamento local, como fez na pandemia.

Apesar de todas as promessas, o emprego científico em Portugal continua a ser esmagadoramente precário. Assim, nos próximos tempos, perto de nove mil trabalhadores enfrentam a possibilidade do desemprego.

A maioria das universidades e politécnicos públicos que já criaram este mecanismo só o fez no verão passado, na sequência da recomendação da ministra Elvira Fortunato, após terem vindo a público os casos de assédio na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

"Temos casos de dirigentes que fazem a vida um inferno a um determinado docente, com pedidos estapafúrdios, como recusar deslocações", denuncia José Moreira. Mas das dezenas de queixas recebidas pelo sindicato, acredita que quase nenhuma chegará a tribunal.

Federação Académica de Lisboa alerta que não há resposta adequada às vítimas nas instituições de ensino superior. SNESup recebe várias queixas de assédio moral por ano e assinala que esta “é uma prática antiga".