Ensino Superior

Mariana Mortágua e diretor da FLUL falaram sobre questionário enviado pela embaixada dos Estados Unidos da América. Coordenadora do Bloco de Esquerda elogia resposta das faculdades portuguesas e fala em "ingerência da autonomia académica".

Reivindicações como o fim das propinas ou melhores condições nas faculdades marcaram marcha nacional. Joana Mortágua diz que única solução que este governo deu aos estudantes foi "aumentar propinas".

O partido entregou um projeto de lei no sentido de uma eliminação em três fases das propinas. Prevendo que o PS possa contribuir para que acabe chumbado, os deputados bloquistas avançou ainda com um outro que, dependendo do sentido de voto daquele partido, poderia resultar no seu congelamento.

Num estudo comparativo da Associação Académica de Coimbra, o país fica também muito abaixo da média em termos de apoios aos estudantes e da percentagem do PIB investida no ensino superior.

Fenprof e Snesup foram ao Parlamento defender o fim do regime fundacional, defendendo um ensino superior com emprego mais estável, com uma organização mais democrática e que ultrapasse o subfinanciamento crónico.

Infiltrações, pragas de percevejos, falta de espaço de estudo e de infraestruturas para cozinhar. Estudantes alojados em pousadas da juventude denunciam más condições.

Centenas de bolseiros de todo o país manifestaram-se em Lisboa para reforçar a luta contra precariedade laboral e criticar a "falta de vontade" para resolver os problemas dos bolseiros.

Grupo de professores entregou um manifesto à presidente do Instituto Politécnico de Setúbal onde criticam processos de avaliação dos docentes e baixa valorização do trabalho e exigem cumprimento da lei.

Foram 50 as queixas de assédio moral e de assédio sexual registadas na Universidade de Lisboa. Apenas 20 deram lugar a processo disciplinar, e dessas, só oito resultaram em sanções.

Na primeira fase do concurso de acesso ao Ensino Superior deste ano houve uma forte quebra de entradas de estudantes beneficiários do escalão A da Ação Social Escolar.

Bloco de Esquerda posiciona-se contra o aumento das propinas anunciado para o Orçamento de Estado de 2025. Partido dá entrada esta sexta-feira de projeto de lei para pôr fim às propinas.

Governo quer exceção ao regime de dedicação exclusiva para que bolseiros possam voluntariamente assumir uma carga letiva no ensino básico e secundário. Associação dos Bolseiros de Investigação Científica vê a medida como forma de "ter o próprio Estado a usar-se da precariedade destes investigadores para resolver um problema que deve ser abordado de uma forma estrutural."

Sob o lema "Teto e Habitação, um Direito à Educação", milhares de estudantes manifestaram-se contra o aumento dos preços da habitação, que é cada vez mais uma barreira no acesso ao Ensino Superior.

 

À margem de uma reunião com dirigentes da Associação Académica de Coimbra, Mariana Mortágua defendeu que o Estado pode criar soluções imediatas,  adaptando edifícios públicos ou recorrendo ao setor hoteleiro e alojamento local, como fez na pandemia.

Apesar de todas as promessas, o emprego científico em Portugal continua a ser esmagadoramente precário. Assim, nos próximos tempos, perto de nove mil trabalhadores enfrentam a possibilidade do desemprego.

A maioria das universidades e politécnicos públicos que já criaram este mecanismo só o fez no verão passado, na sequência da recomendação da ministra Elvira Fortunato, após terem vindo a público os casos de assédio na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

"Temos casos de dirigentes que fazem a vida um inferno a um determinado docente, com pedidos estapafúrdios, como recusar deslocações", denuncia José Moreira. Mas das dezenas de queixas recebidas pelo sindicato, acredita que quase nenhuma chegará a tribunal.

Federação Académica de Lisboa alerta que não há resposta adequada às vítimas nas instituições de ensino superior. SNESup recebe várias queixas de assédio moral por ano e assinala que esta “é uma prática antiga".