Ensino Superior

Estudantes saíram à rua por melhores condições e provam que Montenegro “está errado”

24 de março 2025 - 17:27

Reivindicações como o fim das propinas ou melhores condições nas faculdades marcaram marcha nacional. Joana Mortágua diz que única solução que este governo deu aos estudantes foi "aumentar propinas".

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manifestação estudantes
Fotografia de Tiago Teixeira

Várias centenas de estudantes manifestaram-se hoje em Lisboa por mais financiamento para o ensino superior. A manifestação nacional trouxe estudantes das diferentes cidades à Praça do Rossio para marcharem até à Assembleia da República.

A necessidade de reforço de verbas para o ensino superior foi o principal mote, com a habitual reivindicação do fim da propina e de melhores condições para o estudo e o ensino. Quem estuda na faculdade debate-se hoje com uma crise de habitação agravada, que dificulta o estudo em mobilidade. O Plano Nacional de Alojamento Estudantil, em concreto, apresenta sérias falhas em relação a essa crise.

“Nem congelada nem derretida, queremos o fim da propina!” é uma das mensagens dos estudantes de artes das Caldas da Rainha, que gritam palavras de ordem e empunham cravos vermelhos.

“Precisamos de mais protestos de estudantes”, disse à comunicação social a deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua, que esteve presente na manifestação. “A luta dos estudantes é importante para a democracia”.

A dirigente bloquista afirmou que os estudantes em luta mostram “que Luís Montenegro está errado”, porque o primeiro-ministro em gestão disse que o país está “ótimo”. “Estes estudantes também estão aqui para dizer que o país não está ótimo, porque há estudantes que não conseguem frequentar o ensino superior por causa da propina ou porque não conseguem aceder ao alojamento estudantil”.

Joana Mortágua considera que a única solução que este governo lhes deu foi “aumentar propinas” e que trabalha “para a privatização e para elitização do ensino”. “Às famílias custa cada vez mais ter os filhos a frequentar o ensino superior e o país precisa que eles frequentem o ensino superior”.