Ensino Superior

Docentes da Escola Superior de Educação de Setúbal exigem valorização do trabalho

19 de outubro 2024 - 14:50

Grupo de professores entregou um manifesto à presidente do Instituto Politécnico de Setúbal onde criticam processos de avaliação dos docentes e baixa valorização do trabalho e exigem cumprimento da lei.

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Escola Superior de Educação de Setúbal
Escola Superior de Educação do IPS. Fotografia via Facebook de Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal

Um grupo de 41 professores da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal entregou na passada terça-feira um manifesto à presidente desse instituto exigindo a valorização do trabalho docente e da avaliação de desempenho.

Segundo nota de imprensa do grupo, 63% são docentes de carreira (24 num universo de 38) e 17,5% são docentes contratados a tempo parcial (17 num universo de 97). Estes números demonstram também a prevalência de professores contratados a tempo parcial “sendo indicadores do nível de precariedade vivida na instituição”.

O manifesto, a que o Esquerda teve acesso, faz um diagnóstico das condições de trabalho dos docentes, denunciando o “deficitário, injusto e inadequado processo de avaliação de desempenho docente”, a “baixa valorização do trabalho realizado em algumas dimensões das funções docentes e o aumento de tarefas diversas”, e o “não atendimento das reivindicações constantes” que se traduziram numa Carta Aberta subscrita por 82 docentes do Instituto Politécnico de Setúbal.

Reconhecendo todas estas formas de fragilização da profissão, os professores exigem então o cumprimento integral do que está definido no Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico, a valorização de todo o trabalho docente, a celeridade na abertura e na conclusão de concursos e a criação de condições para o desenvolvimento de investigação e produção científica e artística.

O último ponto, ao qual os professores dão especial relevância, exige uma avaliação docente adequada, coerente, equitativa, transparente e sem quotas, reivindicando a criação de um grupo de trabalho para ajustar a grelha de avaliação para o período de avaliação de 2024-2026, bem como o fim das quotas e dos processos experimentais do regulamento de avaliação docente.

O manifesto foi entregue à presidente do Instituto Politécnico de Setúbal numa sessão pública sobre o Regulamento de Avaliação de Desempenho,que decorreu no Anfiteatro da Escola Superior de Educação.

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