Ambiente

A moratória à mineração em mar profundo, publicada em Diário da República, coloca Portugal na frente da luta pela conservação dos oceanos. Em entrevista ao Esquerda.net, a ativista da Sciaena Catarina Abril fala sobre o percurso de luta de uma das maiores vitórias do movimento ambiental português.

Dados confirmam tendência de aumento de temperatura na Europa acima dos restantes continentes. Fenómenos climáticos extremos afetaram 413.000 pessoas no ano passado e a Península Ibérica é a região que enfrenta piores condições de seca.

Empresa britânica quer avançar com trabalhos da mina de lítio contestada pela população. Também apresentou um pedido urgente de Declaração de Utilidade Pública para conseguir expropriar 472 parcelas de terrenos.

Previsão da Agência Internacional de Energia diz que apenas metade da energia consumida pelos datacenters daqui a cinco anos virá de fontes renováveis. Amazon, Google e Microsoft constroem centros de dados em zonas onde a água já escasseia.
 

Investigadores alertam sobre sobreposição entre parques eólicos offshore e áreas de alta biodiversidade. Propõem que se estabeleçam mapas de risco para prevenir conflitos porque “o objetivo não é desacelerar a transição energética mas torná-la compatível com a biodiversidade.”

Um navio científico recolheu ao longo de anos amostras em nove dos grandes rios europeus. A conclusão foi que há neles uma “poluição catastrófica”.

Associações opõem-se ao fim da interoperabilidade no carregamento de veículos elétricos, apontando fragilidades na garantia de mercado competitivo e prevenção de oligopólios.

Um relatório da Agência de Investigação Ambiental dos EUA descobriu que 15 empresas europeias terão importado madeira exótica brasileira de proveniência de zonas protegidas. Há duas empresas portuguesas nesta lista.

Comunidade Intermunicipal do Douro alerta para riscos da escassez hidrológica acentuada por alterações climáticas e pede estratégia de gestão e preservação de água.

A Comissão Europeia apresentou um projeto de revisão dos principais textos do Pacto Verde do mandato anterior. Em teoria, o objetivo é aumentar a competitividade através da redução da burocracia. As ONG denunciam a desregulamentação sob pressão dos lóbis e da extrema-direita.

Um projeto para um novo poço de gás natural “numa zona muito sensível para o espaço protegido” do parque natural conta com a oposição firme dos ecologistas.

Milhares de pessoas e mais de 500 barcos desafiaram a chuva e o vento da manhã de sábado na Póvoa do Caraminhal, perto da Corunha. Foi o primeiro protesto após o governo galego ter dado luz verde ao estudo ambiental para instalar a megacelulose junto à nascente do rio Ulla.

A organização ambientalista denuncia um julgamento injusto, um ataque à liberdade de protesto e uma tentativa de silenciamento e anuncia recurso.

Bloco de Esquerda opõem-se a mineração de ouro no distrito de Évora e questionou governo sobre autorização, riscos ambientais e transparência.

Onde a Estratégia “Água que Une” é mais clara nos seus propósitos finais e nos mitos que propaga é com a necessidade de transvases (eufemisticamente designados ligações inter-bacias) e do aumento da capacidade de armazenamento.

Estratégia de gestão de água apresentada pelo Governo prevê criação de novas barragens e possíveis transvases para satisfazer agricultura intensiva. Zero fala em "risco de canalizar recursos públicos para infraestruturas de utilidade duvidosa".

Em 14 de fevereiro de 2025, as ONG Coffee Watch e Empower revelaram um relatório sobre a face oculta das cadeias de abastecimento mexicanas dos cafés Nestlé e Starbucks. A exploração, o trabalho infantil, a desflorestação e a opacidade são uma rotina.

Desde então praticamente nada mudou. Mas a bancada socialista continua a lutar para revogar o desmantelamento ambiental e travar a autorização de agrotóxicos aprovados recentemente pelo governo de direita.

Muitas das empresas mais poluentes são estatais. Ao contrário das promessas, as empresas de combustíveis fósseis aumentaram as emissões de CO2 entre 2022 e 2023.

No Dia Mundial da Vida Selvagem, a ONG deixou 112 animais de peluche nas carruagens do Metro de Lisboa para alertar para “as mais de 800 espécies ameaçadas em Portugal”.