Habitação

Alexandra Leitão acusa Governo de “desperdiçar oportunidade única”

18 de setembro 2025 - 18:47

O Governo anunciou a venda da antiga sede do Conselho de Ministros. A candidata da coligação Viver Lisboa opõe-se à venda de edifícios do Estado com potencial habitacional.

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Alexandra Leitão
Alexandra Leitão. Foto de Paulo Vaz Henriques

Entre as decisões anunciadas pelo Governo esta quinta-feira está a alienação do edifício da Rua Gomes Teixeira, onde desde há décadas funcionava a sede do Governo, agora transferida para a antiga sede da Caixa Geral de Depósitos. O Governo alega querer rentabilizar esse património, vendendo-o a privados para depois investir em habitação, mas o facto é que este edifício, que em tempos foi um hotel, já tem vocação habitacional.

Por essa razão, a candidata da coligação Viver Lisboa, que junta PS, Bloco, Livre e PAN, defende que este tipo de imóveis “não podem ser alienados: devem ser utilizados para habitação acessível, servindo as necessidades da classe média e dos jovens que hoje não conseguem viver em Lisboa”.

“A decisão de vender imóveis públicos com enorme potencial habitacional é um erro estratégico e político”, afirmou Alexandra Leitão nas redes sociais.

“Não podemos perder este momento. Há património público que permitiria, de imediato, dar resposta a problemas graves de habitação na cidade. Vender esses imóveis é desperdiçar uma oportunidade única e irrepetível”, prossegue a candidata, qualificando de “artifício sem qualquer garantia real” a promessa do Governo de depois vir a usar o dinheiro da venda para habitação acessível.

“É preciso aproveitar o que já existe para colocar no mercado de habitação acessível rapidamente.
Como Presidente da Câmara, lutarei junto do Governo para que imóveis como estes sejam  utilizados para habitação acessível, se necessário adquirindo-os e transformando-os em casas acessíveis para quem quer viver e trabalhar na nossa cidade. Essa seria uma verdadeira política de habitação ao serviço das pessoas”, conclui a candidata.