Moção de Censura 2011

Não faltam as razões para esta censura, executada no dia em que o Presidente da República volta a ganhar o poder de dissolução do Parlamento.

João Teixeira Lopes

“Não é o desejável, mas é o possível” não é só um convite à paralisação e ao esvaziamento da esquerda, é mesmo uma das formas mais agressivas de reduzir o possível ao que existe e de impor o que existe como a única alternativa.

José Soeiro

Francisco Louçã acolhe “com toda a simpatia” a decisão do PCP de votar favoravelmente a moção de censura ao Governo, considerou que a execução orçamental está a prejudicar as pessoas e acusou Sócrates de promover a “maledicência dos serviços públicos”.

Líder parlamentar afirma que moção do Bloco censura as políticas do governo, que “têm conduzido o país para uma catástrofe económica e social” e esclarece que “que todas as moções que critiquem o governo pela direita” não terão o apoio do Bloco.

Coordenador da comissão política do Bloco afirmou que “despesa reduz-se não porque o Estado esteja a gastar melhor o dinheiro, mas porque está a provocar a recessão”. Moção de censura do Bloco “é uma iniciativa absolutamente conseguida”, já tendo “conseguido um resultado de extraordinária clarificação”.

Qualquer defensismo na censura a um dos piores governos da história democrática recente, em nome de um seguro sem apólice contra o mal menor, é alienar a voz dos que representamos e diminuir as suas condições de resistência.

Luís Fazenda

Em conferência de imprensa, Francisco Louçã apresenta o texto da moção de censura ao governo proposta pelo Bloco de Esquerda.

Bloco apresenta texto da moção de censura que será discutida no Parlamento a 10 de Março. Moção concentra-se nas questões sociais e censura governo socialista por violar os seus compromissos e por promover o agravamento da crise social. Conheça aqui o texto da moção.

Em Setúbal, Francisco Louçã referiu que “há um pântano na sociedade portuguesa”, salientou “a unanimidade rapidíssima da direita a apoiar o Governo” e afirmou que a moção de censura visa combater a degradação da economia e da política.

O Governo e a direita, atacam os trabalhadores usando a bomba atómica. Será que a esquerda, no Parlamento e fora dele, não tem o direito de lhe responder na mesma moeda?

Heitor de Sousa

Bloco reage à abstenção do PSD afirmando que este partido, mais uma vez, dá “o braço ao PS para manter a coligação” e para “manter as políticas que têm levado à redução do rendimento das famílias” e que “têm caracterizado esta crise grave que temos estado a viver”.

O Bloco afirmou esta terça-feira que o CDS-PP não possui “qualquer autoridade” para discutir o valor de moções de censura. “Ficamos hoje a saber que Paulo Portas é o primeiro a dizer: fique senhor primeiro-ministro”, afirmou o deputado João Semedo.

Esta é uma moção táctica de alcance estratégico. Recusa inevitáveis. Se aprovada, trará eleições num tempo que não é o preferido pela direita e onde o socratismo terá reduzida margem para chantagear com o voto útil. Se chumbada, acentua o compromisso do PSD com a decadência do governo.

Miguel Portas

Francisco Louçã respondeu a Sócrates e afirmou: “Lamentável é o desemprego e um Governo que quer que o desemprego seja mais barato, mais fácil, quer empurrar os trabalhadores mais velhos para o desespero”.

Uma das respostas mais reveladoras à moção de censura do Bloco de Esquerda foi o rápido alinhamento dos comentadores conservadores e de direita em defesa do governo. 

Francisco Louçã

Vasco Pulido Valente, no seu estilo truculento de sempre, sintetiza os argumentos que, nos últimos dias, foram aduzidos contra o Bloco: piruetas, oportunismos, voltes de face e (ir)responsabilidade.

André Beja

Esta estabilidade conseguiu cortar em cerca de 30% o total das bolsas de estudos, reduzir o valor médio das mesmas e diminuir a acção social indirecta (direito a residência universitária, aumento do prato social e de todos os serviços sociais).

Fabian Figueiredo

Francisco Louçã defendeu este sábado que a moção de censura que o partido vai apresentar “responde por mais de metade da população portuguesa” e sublinhou que Portugal é hoje um país “mais desigual” que o Egipto.

Jogo político, manobra, tacticismo, irresponsabilidade. Os adversários do Bloco fazem da moção de censura um episódio de trica parlamentar. Estão errados.

Jorge Costa

O presidente do Governo Regional revelou esta sexta-feira que os deputados do PSD-M na AR viabilizarão qualquer moção de censura ao governo de José Sócrates excepto a do Bloco. Em causa, disse, está a manutenção do offshore na Madeira.