José Soeiro

José Soeiro

Dirigente do Bloco de Esquerda, sociólogo.

A partir da próxima semana inicio eu próprio uma nova profissão como professor na Universidade do Porto e não estarei já no Parlamento. Mudarei de ofício, mas não deixo o trabalho político, nem o compromisso militante com o meu partido e com estas causas. Estarei onde estou e sempre estive.

Não deixa de ser curioso que as questões da família e da natalidade sirvam à direita para espicaçar “guerras culturais”,  assentes numa retórica reacionária, mas resultem numa prática vazia quando se trata do apoio concreto às famílias.

O Governo fez saber no domingo a intenção de corrigir o problema ainda esta semana. Na segunda-feira de manhã, o PS anunciou um projeto de lei para acompanhar o agendamento do Bloco. A ser assim, o movimento criado há cerca de um ano terá uma importante vitória. Tudo resolvido? Ainda não

Não faz nenhum sentido que a forma mais cristalina de colonialismo - o de ocupação por colonos - possa sobreviver em Israel quando vivemos num mundo pós-colonial, mesmo com os seus contraditórios e pesados legados.

Há pessoas com esse talento eufórico que dissolve fronteiras entre a arte a vida, que as faz nunca desperdiçar uma oportunidade de performance, que sabem fazer explodir cada instante propício.

O problema do calor extremo e do “stress térmico” tem merecido cada vez mais atenção internacional, num planeta que atravessa uma crise climática sem precedentes. A Organização Internacional do Trabalho chamava a atenção para que “temperaturas superiores a 39°C podem matar”.

Não é de estranhar que a direita se constitua como um governo dos ricos. De estranhar seria se houvesse quem, à esquerda de Montenegro, se deixasse requisitar para a validação deste programa.

O efeito desta manobra de Macron de não permitir que a Nova Frente Popular forme governo será só um: rebentar com a confiança na possibilidade de a democracia gerar alternativas. Caso consiga, será mais um favor, depois de tantos outros, ao desespero e à extrema-direita.

A sentença sancionou práticas de violência por parte das forças policiais, ignorou insultos racistas, acusou a vítima de má-fé, deslegitimou o movimento anti-racista e amplificou a violência racial que existe na nossa sociedade. Onde Claúdia Simões devia ter encontrado proteção, recebeu mais um conjunto de ofensas.

O que está em debate é mesmo uma mudança de fundo para desproteger os desempregados e baixar os salários, ao obrigar quem recebe um subsídio para o qual descontou a aceitar trabalhar por menos.