Itália

O governo italiano quer gastar 13,5 mil milhões para unir a Sicília ao continente. Este fim de semana 10.000 pessoas saíram às ruas em Messina contra uma ponte que “só vai unir os interesses de uns poucos”, levantando problemas sísmicos, ambientais e sociais em duas zonas com baixo investimento público.

Os trabalhadores portuários de Génova souberam afirmar-se como um sujeito político em torno do qual se articula uma ação concreta que afronta o “regime de guerra” em que vivemos.

Stefano Rota

O Potere al Popolo denunciou esta terça-feira uma infiltração policial que durou oito meses. Vários casos de infiltrações têm também sido descobertos pelos movimentos sociais em Espanha.

Um dia histórico dizem oposição e movimentos LGBQTI+. Tribunal escolheu “garantir o melhor interesse da criança” e direito “de manter uma relação equilibrada e contínua” e “receber cuidados, educação, instrução e assistência moral” de ambas e manter relações significativas com familiares de cada lado da família”.

A Grande Ambição abre a Festa do Cinema Italiano, retratando a história do Partido Comunista Italiano na década de 1970. Em entrevista ao Esquerda.net, o realizador Andrea Segre fala sobre aquele que foi o maior partido comunista da Europa Ocidental, a sua oposição a Moscovo, e as decisões políticas que levaram ao seu declínio.

Daniel Moura Borges

Alfredo Mantovano reconhece espionagem a ONG que resgata migrantes em risco de afogamento. No centro do caso, uma empresa israelita fundada por ex-membros dos serviços secretos sionistas e pelo ex-primeiro ministro Ehud Barak.

Um chefe das prisões líbias acusado de crimes de guerra e crimes contra a humanidade foi libertado por o ministro da Justiça não ter respondido ao tribunal e depois enviado num avião governamental de volta ao seu país. O governo de extrema-direita conta com as forças líbias para reprimir os migrantes antes de chegarem a Itália.

O ministro da Educação anuncia uma alteração ultra-conservadora dos programas escolares. A oposição e os grupos estudantis falam em autoritarismo, pensamento retrógrado e falta de investimento público.

Há cem anos, o deputado socialista foi morto por um bando fascista. Dez dias antes tinha proferido um famoso discurso no parlamento em que defendeu a liberdade e a democracia e confrontou a violência dos partidários de Mussolini enquanto pedia a anulação das eleições.

Railson Barboza

Terão sido 100.000 as pessoas que nas ruas de Roma responderam ao apelo de mais de 200 movimentos sociais e sindicatos. Foi a maior manifestação contra Meloni desde que governa organizada para responder a “um ataque sem precedentes contra os direitos fundamentais e a democracia”.

Em Paris, agradeceu-se a Gisèle Pelicot pela sua coragem e reivindicou-se uma “lei-quadro integral” que inverta o ciclo de promessas não cumpridas sobre violência machista. Em Roma, 150.000 pessoas juntaram-se para “desarmar o patriarcado”, criticando o Governo de Meloni.

As 24 pessoas que foram transportadas para a Albânia voltaram todas a Itália por decisão dos tribunais. Elon Musk pediu o afastamento dos juízes e a oposição italiana quer que Meloni condene a interferência do bilionário recém-nomeado por Donald Trump.

Reduzir as liberdades, visar aqueles que não se enquadram na sua visão de Itália e esvaziar a Constituição de sentido: esta tem sido a realidade do Governo Meloni nos últimos dois anos. Esta é a realidade de uma lenta deriva para o autoritarismo iniciada por governos anteriores e acelerada pela atual maioria.

Romaric Godin

Os primeiros 16 migrantes tinham sido enviados para centros de detenção na quarta-feira, enquanto Von der Leyen gabava o sistema italiano de externalização de expulsão de migrantes. A decisão do Tribunal de Roma compromete os planos de Meloni.

Degelo de glaciares altera cumes das montanha, forçando redefinição de fronteiras. Alguns glaciares na Europa já derreteram completamente, outros estão em risco de desaparecer e alterar permanentemente a topografia do continente.

A confusão surgiu no final de uma “cimeira” destinada a renovar o pacto entre os partidos de Governo, com a Liga a divulgar uma versão diferente do comunicado conjunto.

Militantes da CasaPound, um movimento de referência da extrema-direita europeia, atacaram Andrea Joly do La Stampa quando este filmava uma festa que realizavam na rua. A oposição fala num clima de impunidade e pede que se cumpra a constituição italiana e se ilegalizem os grupos neofascistas.

Em Milão descobriram-se oficinas que fornecem as marcas de luxo com condições de trabalho deploráveis e baixos salários. Ao mesmo tempo, as empresas gastam milhares em marketing para vender a ideia de que os seus produtos são artesanais e que praticam a “responsabilidade social”.

Uma jornalista infiltrou-se na Juventude Nacional, o movimento de juventude do partido da primeira-ministra italiana, e mostra uma realidade de fascismo, antisemitismo e homofobia bem longe das tentativas de mostrar uma imagem de moderação.

Os patrões deixaram-no à porta de casa com um braço decepado numa caixa de frutas. A indignação saiu às ruas e coloca-se em causa o caporalato, o sistema de exploração dos migrantes que, dizem os sindicatos, é acompanhado por “salários de fome, ritmos de trabalho inseguros e desumanos e condições de violência psicológica e física”.