Argentina

O novo governo do único país asiático a legalizar o uso adulto da canábis quer voltar a proibi-lo e já enfrenta contestação nas ruas. Ouça esta e outras notícias neste podcast da atualidade canábica.

No comício do Vox com a extrema-direita internacional houve espaço para justificar o genocídio em Gaza, acusar o “socialismo” de matar milhões e atacar os imigrantes. Mas no meio da gritaria foi o presidente argentino quem sobressaiu, causando um incidente diplomático.

O crime do passado domingo foi invisibilizado pelos órgãos de comunicação social e abafado como crime de ódio pelo governo de Milei. Neste dia, assembleias por todo o país mobilizam-se para que não seja esquecido.

Ana Delicado Palacios

O governo causou uma recessão maior do que esperava com queda nos salários reais, reformas e pensões, planos sociais e obras públicas. O seu projeto implica total subordinação ao capital internacional, financeiro e extrativista, reduzindo o peso da indústria transformadora e transformando o país num mero enclave exportador.

Eduardo Lucita

Milei escolheu o aniversário do golpe militar que afundou o país numa ditadura sanguinária de extrema-direita para oficializar o discurso negacionista sobre as vítimas. Centenas de milhares responderam nas ruas.

Sondagem revela que a situação de sete em cada dez argentinos piorou. Amnistia Internacional refere que ao empobrecimento económico soma-se “um novo modelo de liderança de não diálogo e violência permanente”. Javier Milei enfrenta grande contestação.

Javier Milei avançou com fortes cortes no investimento na Cultura, em particular no Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais o que terá um impacto negativo nas escolas de cinema, salas de cinema e festivais de cinema.

A carta dirigida ao presidente Javier Milei diz que os cortes dos liberais ao financiamento da Ciência vão destruir um sistema que demorou muitos anos a construir e levará muitos mais anos a reconstruir.

A Télam foi cercada de madrugada pela polícia, os trabalhadores receberam um e-mail nessa altura a anunciar uma "suspensão de uma semana" e a página foi deitada abaixo pela manhã. 760 trabalhadores ficarão sem emprego enquanto o presidente de extrema-direita continua a despedir noutras áreas do Estado Social.

Presidente argentino deu ordem para proibir o uso de linguagem inclusiva nos documentos da administração pública, revertendo a prática pioneira iniciada pelo seu antecessor no cargo.

Nas ruas de Buenos Aires festejou-se a não aprovação da lei no Parlamento. Em visita a Israel, Milei prometeu mudar a embaixada para Jerusalém. Ao ouvir os desenvolvimentos parlamentares no seu país, mandou retirar a lei ómnibus.

A conferência Episcopal sublinha o papel destas cantinas e diz que “comida não pode ser uma variável de ajustamento”. Médias empresas dizem que janeiro foi “mês perdido”. Construtores civis criticam Milei por cortar nas obras públicas e declararam-se em “estado de emergência”.

A justiça argentina declarou inconstitucional o capítulo sobre questões laborais do Decreto de Necessidade e Urgência que o presidente de extrema-direita tinha anunciado. Esta quarta-feira, começa a maratona de debate da lei Ómnibus. Metade do apresentado já não vai a votos e algumas outras medidas podem ser chumbadas.

Com a discussão da Lei Ómnibus na Câmara de Deputados agendada para esta terça-feira, o povo argentino volta às ruas. A par da contestação popular, Milei enfrenta criticas da ONU pela criminalização dos protestos. Reforma do presidente legaliza, por via indireta, a pena de morte.

Centrais sindicais estimam que um milhão e meio de pessoas participaram nas marchas organizadas na quarta-feira, dia de greve geral. Governo adia votação do pacote legislativo para a próxima semana.

 

Javier Milei retomou a sua agenda para reduzir ao mínimo o Estado. Perante este novo ataque, centrais sindicais e movimentos sociais sairão às ruas da Argentina esta quarta-feira. Protesto estará sujeito às medidas de criminalização e perseguição contra quem realizar cortes da via pública.

Pela primeira vez, devido ao panorama internacional, a Argentina corre realmente o risco de se fragmentar sem a opção de reconstrução que costuma seguir-se a cada investida da direita. Por Álvaro Verzi Rangel.

Milei, o recém-empossado presidente de extrema-direita da Argentina, anunciou um plano de desregulamentação económica radical. Em protesto, espontaneamente começaram a soar as panelas por todo o país. Isto apesar das ameaças governamentais contra os manifestantes.

O ministro das Finanças argentino anunciou um choque recessivo de desvalorização que beneficiará especialmente o sector agropecuário e será suportado de forma assimétrica pelos mais pobres e os setores de rendimentos fixos. Por Claudio della Croce.

Se a justiça argentina fosse independente, os principais responsáveis económicos nomeados por Milei não o poderiam ser por conivência com os agentes do poder. Por Horacio Rovelli.