Opinião

João Bernardo Narciso

Na era digital, os jogos online tornaram-se mais do que passatempos. Para muitos, os jogos e as comunidades que deles nascem são a principal fonte de interação humana. É por isso expectável que se apontem dedos aos videojogos quando falamos da radicalização dos jovens, em particular dos rapazes.

Eduardo Couto

A crise atual não é o fim, mas o pretexto para um virar de página. A política emancipatória precisa de reencontrar esse lugar fértil: o da invenção coletiva, o da construção paciente de poder popular, o da imaginação que não teme – e muito menos abandona – a utopia.

Maria Luísa Cabral

A solidariedade não é uma palavra vã. O ataque governamental que provoca a Greve Geral atinge todos nós, os que trabalham e os que já trabalharam, os estudantes, põe em causa Abril. Mostremos que estamos solidários.

Para Reich, a pré-condição para a libertação sexual é a reorganização económica e social completa: fim da propriedade privada do imobiliário (socialização da habitação), mulheres independentes dos maridos, pais sem direito de oprimir crianças, educação pública e gratuita das crianças.

Gabriel Coelho

Abril foi o povo na rua; novembro, o regresso das instituições. Abril quis a utopia; novembro impôs o pragmatismo. Hoje, quando o discurso oficial tenta colocar ambos no mesmo altar, é preciso lembrar o que se perdeu. Abril não foi só uma data: foi um verbo.

Andrea Peniche

Ao longo da história, o progresso social, político e económico alcançado pelas mulheres tem suscitado reações negativas protagonizadas sobretudo por homens. Hoje, essas visões são retomadas por um conjunto disperso de grupos online – a “manosfera”.

A Revolução de Outubro. Leva 108 anos de inspiração para os explorados e oprimidos pelo capitalismo. Qual é a atualidade desta memória em tempos de avanço do fascismo internacional e de regimes autoritários? Toda.

Nuno Malafaia

Entre 2017 e 2024, mais de dez mil dadores de sangue desapareceram dos registos nacionais. A cifra, por si só, é alarmante; mas o que ela revela, em profundidade, é um sintoma mais grave: a erosão de uma cultura de solidariedade que outrora pulsava no corpo coletivo do país.

Pedro Amaral

O mínimo para quem trabalha é ver as suas condições mínimas de vida automaticamente garantidas. Alimentação é o mínimo. Habitação também o devia ser. Água, luz, saneamento idem. Ninguém devia passar frio ou ficar sem tomar um medicamento, porque o salário não chega.

Bruna Oliveira Lemos

O Governo decidiu brindar-nos com um pacote laboral que nada tem de neutro. É um programa político ao serviço do patronato, feito para fragilizar quem trabalha e fortalecer quem lucra. Chamam-lhe “reforma laboral”, mas, na verdade, é um manual de exploração.

Adriano Campos

Se apenas os homens votassem, André Ventura seria primeiro-ministro? São mesmo os homens mais novos que estão a votar na extrema-direita? Quem propaga o discurso misógino nas redes? Neste artigo, trataremos destas e de outras questões, que vão da manosfera à urna de voto. 

António Lima

Para quê um Governo quando temos empresas para pensar e decidir por nós? Como é óbvio, foi o dono da obra — o Governo — quem determinou o que seria o tal “hospital novo”. O que aqui temos é uma privatização aos bocados do HDES, prejudicando os doentes e o SRS.