Eduardo Couto

Eduardo Couto

Educador Social e ativista LGBTQIA+. Dirigente do Bloco de Esquerda

A carência não é sinal de fracasso pessoal; é muitas vezes o resultado de um sistema que falha em garantir o mínimo: casa, saúde, educação, dignidade. Precisamos de um Estado que não seja apenas espectador do sofrimento, mas agente ativo na emancipação comunitária.

Um dos maiores instrumentos de distorção do debate são as sondagens em plena campanha. É urgente discutir, seriamente, a necessidade de proibir a publicação de sondagens durante o período eleitoral.

Santa Maria da Feira, com uma gestão do PSD semelhante à da época medieval, teve a sucessão de trono antes do fim estipulado do seu reinado. Um mau presidente será sempre um mau deputado, e um mau sucessor, pior presidente será.

Não sabia quando era mais novo, mas agora sei: toda a minha vida está centrada na luta de classes. Não conheço outra realidade que não seja crises atrás de crise do capitalismo.

A ideia de que só alguns membros da sociedade com práticas alternativas às heterossexuais estavam sujeitos às demais doenças e vírus mortíferos, está ultrapassada. Mas, temos que lidar com atos e afirmações estruturalmente discriminatórias, mesmo vivendo em 2022.

Um ativista autárquico deve ter a consciência da responsabilidade que acarreta consigo. Afinal, assuntos como a privatização da água, a poluição do meio ambiente, a falta de transportes públicos, são ou não temas intrinsecamente associados ao modelo capitalista?

Respeitando sempre o princípio da liberdade religiosa, é pertinente que o país tenha um debate acerca de políticas públicas que protegem a comunidade LGBTI+, vítima das demais religiões, de modo a que se possa ter a consciência do real impacto destas opressões.

As pessoas bem sabem que o Bloco de Esquerda desde 2015 assume uma atitude de compromisso com o país e mostra-se sempre disponível para negociar medidas com o Governo no sentido de melhorar a qualidade de vida da população.

Samuel Luiz Muñiz, um jovem homossexual, foi brutalmente agredido até à morte, em Espanha. Fico pálido de medo só de pensar que aquele jovem gay podia ser eu, ou tu que lês este artigo; podia ser qualquer pessoa que quer viver a sua vida de forma livre.

Vivemos tempos complexos para a nossa geração. Não nos conformamos com todas as injustiças com que nos deparamos. Temos muito para dizer, sobre os mais variados temas. Estamos insatisfeitos. Porém, e por vezes, pecamos por estarmos quietos, tal e qual como eles querem.