Andrea Peniche

Andrea Peniche

Editora, ativista feminista, membro do coletivo feminista A Coletiva

Ao longo da história, o progresso social, político e económico alcançado pelas mulheres tem suscitado reações negativas protagonizadas sobretudo por homens. Hoje, essas visões são retomadas por um conjunto disperso de grupos online – a “manosfera”.

O conservadorismo é a política de costumes da extrema-direita, expresso no livro Identidade e Família. Regressar ao passado e repor a velha ordem social e moral bafienta é o seu programa. Refundar a esperança e tornar tangível o futuro é tarefa da esquerda.

Não precisamos de um Estatuto que naturalize o trabalho doméstico e do cuidado como responsabilidades femininas. Não precisamos de um Estatuto que reserve para os homens o trabalho remunerado disponível e para nós um subsídio.

Continuamos a abraçar a ideia de Greve Feminista, exatamente porque ela resulta da ressignificação do conceito de trabalho. A Greve Feminista não é uma greve como as outras, é uma greve social que coloca no centro a realidade da vida das mulheres.

Angela Davis é uma das mais relevantes feministas críticas contemporâneas. A sua história biográfica e política, a partir da qual escreve, tem um potencial metodológico e epistemológico poderoso e disruptivo. Este texto tem, pois, esse propósito: regressar às ideias, perceber e refletir sobre o seu potencial subversivo e transformador. Por Andrea Peniche.

Simone de Beauvoir nasceu a 9 de janeiro de 1908. Neste texto percorro algumas ideias que considero centrais em O Segundo Sexo, no que elas tiveram de transformador na época em que foram enunciadas e no que elas têm de fecundo na análise de questões dos tempos em que vivemos. Por Andrea Peniche.

Para trabalho igual ou equivalente ainda há salário desigual e, pasme-se, parece que não há vergonha nenhuma nisso, mesmo sabendo-se que a lei está a ser violada.

O feminismo nunca esteve contra os homens, mas contra o patriarcado, o feminismo é um movimento libertador para mulheres e homens.

A nova legitimidade conquistada pelo feminismo no debate político e social e a disputa conceptual em curso são temas da intervenção de Andrea Peniche na Conferência dos 200 anos de Marx, nos dias 24 e 25 de março.

Significa isto que, para o MDM, os milhões de pessoas que ocuparam as praças de mais de 300 cidades de mais de 50 países do mundo, numa greve internacional sem precedentes, estão equivocados.