A ministra da saúde demorou 17 dias a agir perante uma greve, uma semana depois da primeira morte associada ao tempo de espera no INEM, mas em três dias resolveu intervir sobre a cor dos boletins – estando simultaneamente a lidar com ambas as situações.
Nada nos garante que quem usará o porto espacial não estará a fazê-lo para colocar em órbita equipamentos que participam nas guerras que tanto abominamos na televisão. Desenvolvimento quer-se e precisa-se, mas nunca baixemos a guarda do poder crítico.
Há um discurso pejorativo contra o ativismo. Este sistema é tão perverso que é capaz de nos colocar, cidadãos, a ver quem luta pelos seus (nossos) direitos como o mau da fita.
Em termos ideológicos aquilo que pode ser inferido é a recusa dos franceses terem um governo autoritário, contrário aos valores da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Este é o nosso tempo, são os nossos contemporâneos, saibamos estar do lado certo da História, aquele que respeita a dignidade humana. Falo da situação que que está a acontecer em Gaza, do genocídio, impossível de negar.