A criação de projetos piloto de adesão voluntária, como o Bloco propõe nos Açores, terá o efeito de demonstrar o realismo da semana de quatro dias e a levar a que mais trabalhadores o reivindiquem e a que mais setores económicos embarquem nesse avanço.
Os motivos da cobiça de Trump sobre a Gronelândia – posição geoestratégica e recursos naturais com potencial de exploração – também se aplicam aos Açores, incluindo os recursos minerais que, no nosso caso, estão no mar profundo e não sob o gelo.
A direita abdica de princípios para manter o poder, mas também porque acha que é assim que trava o crescimento da extrema-direita. Se olhassem para o que acontece por esse mundo fora, perceberiam que estão apenas a validar a sua política e a transformarem-se numa cópia desta.
Quem vive nos Açores é obrigado a ter carro próprio se quiser trabalhar. Isso ou ficar à mercê de horários e rotas anacrónicas que há décadas não servem, a preços astronómicos.
Em freguesias urbanas de Ponta Delgada, como São José, ultrapassa os 7% e nas Furnas os 13%. Estes números são alarmantes e indicam uma tendência preocupante de transformação de habitações familiares clássicas em alojamentos temporários para turistas.
A situação financeira da região explica-se essencialmente por dois fatores: pelas opções políticas dos governos regionais e pela atual lei de finanças regionais. O Bloco irá apresentar na AR a alteração à lei que Bolieiro pediu e Montenegro ignorou. Esperamos que o PSD/Açores seja coerente.
Está na hora de defender o interesse público e lutar por uma verdadeira transição climática. Isso só se faz garantindo que o preço a pagar pela EDA pelo fuelóleo seja justo e totalmente aceite pelo regulador.
Sempre que se deixa ao mercado áreas estratégicas, apesar das medidas mitigadoras, um dia os mesmos que entregaram ao mercado este serviço essencial para as pessoas, gritam que ele é insustentável e que por isso as pessoas têm de pagar mais. Esse dia chegou.
A medida do governo de direita, uma implementação da chamada teoria do “Trickle Down” que defende que, baixando os impostos aos ricos, as classes mais baixas irão também beneficiar do suposto crescimento económico gerado, não funciona.
O estado a que chegou a política cultural nos Açores com este governo da direita é preocupante. Assiste-se a um verdadeiro desprezo e abandono da cultura pelo governo regional.