Reino Unido

Governo britânico descarta qualquer boicote a Israel e afirma que só suspende licenças de exportação que "suspeita" que estejam a ser usados para violar lei internacional.

Motins racistas e atos terroristas no Reino Unido mostram sentimento anti-islâmico que tem sido semeado na sociedade britânica pelos media e pelos principais partidos políticos.

Daniel Moura Borges

Enquanto nos grupos de mensagens da extrema-direita britânica circulam listas de advogados e agências de serviços de imigração, organizam-se grupos para os defender e mais de cem personalidades apelam a todos para que se juntem “num poderoso movimento de massas que seja suficientemente poderoso para vencer o fascismo”.

Depois de uma semana de protestos, violência racista instigada por desinformação explode no Reino Unido. Centros de abrigo a requerentes de asilo atacados pela extrema-direita, Governo dá conta de centenas de detidos.

Os conservadores tinham introduzido um limite de dois filhos para receber alguns apoios sociais. O Governo trabalhista votou agora a favor da continuidade da medida que deixa muitas crianças desamparadas face à pobreza e suspendeu por seis meses os deputados trabalhistas que desobedeceram.

Cinco ativistas receberam penas entre quatro e cinco anos de prisão por planearem uma ação direta. Juiz fala em "fanatismo", ativistas lamentam que "ação tenha sido necessária".

O ultra-centrismo de Starmer, que é ainda mais de direita do que a "Terceira Via" de Tony Blair, não só não conseguiu entusiasmar as massas, como mobilizou um eleitorado mais pequeno do que aquele que votou nos trabalhistas sob Jeremy Corbyn.

Gilbert Achcar

O Labour celebra uma vitória esmagadora no número de deputados eleitos. Apesar de ter uma percentagem de votos menor do que a liderança de Corbyn alcançou em 2017 e semelhante à que lhe custou o cargo em 2019. O descalabro conservador é acompanhado pela subida dos liberais e pela entrada no parlamento da extrema-direita.

Foi perseguido e expulso dos Trabalhistas mas candidatou-se como independente ao seu círculo eleitoral de sempre. Conseguiu uma eleição clara e agora irá para o Parlamento fiscalizar uma maioria que “não oferece uma alternativa económica séria” aos conservadores.

Esta quinta-feira, o Reino Unido vai a votos e o Labour tem ampla vantagem nas sondagens. Depois de um período à esquerda, Starmer tratou de trazer o blairismo de volta, descartando as promessas com as quais tinha vencido as eleições internas.

Com os conservadores em apuros, Nigel Farage, depois do sucesso no Brexit, pretende voltar a afirmar-se na política britânica e ser eleito pela primeira vez para o parlamento. Os candidatos do seu novo partido são um desfile de horrores nas redes sociais. O Reform UK culpa a empresa que contratou para verificar antecedentes.

O primeiro-ministro convocou eleições quando ninguém esperava e alguns do seu círculo lucraram milhares. A campanha dos conservadores corre de embaraço em embaraço.

Há 345 licenças de venda de armas ativas no Reino Unido, mais de cem emitidas desde outubro. Organizações como a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch vão a tribunal tentar travar este comércio da morte.

No único lugar em disputa no parlamento britânico esta quinta-feira, a derrota conservadora foi de mais de 26 pontos percentuais. Nas eleições locais, estima-se que perderão cerca de 500 lugares. Sunak tem o lugar em risco e a extrema-direita cresce no seu eleitorado. Enquanto o Labour perde votos por causa de Gaza.

Tribunal Superior de Londres alegou necessitar de mais tempo para analisar os factos. Se o recurso for recusado, Julian Assange, que poderá ser sujeito a um máximo de 175 anos de prisão nos EUA, ou até mesmo a pena de morte, já só poderá recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

Um relatório parlamentar realizado por uma comissão mista de vários partidos para os Direitos Humanos faz fortes críticas ao projeto de lei do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, que visa enviar requerentes de asilo para o Ruanda.

Tal como a maioria dos inquéritos públicos, a investigação ao escândalo informático dos Correios britânicos e da Horizon IT esteve longe dos holofotes durante a maior parte da sua existência. O lançamento da série da ITV Mr. Bates vs The Post Office veio mudar isso. Por Nathan Critch.

 

Investigação de um dos principais especialistas em saúde pública do Reino Unido revela que mais de um milhão de pessoas morreram prematuramente na década após 2011 devido a uma combinação de pobreza, austeridade e Covid.

Depois do referendo em que 95% dos votos expressos se tinham manifestado a favor da anexação de Essequibo pela Venezuela, os dois países tinham reunido e emitido um compromisso de que não resolveriam o diferendo territorial pela força. A intervenção do ex-colonizador voltou a acirrar ânimos.

Diploma permite ignorar decisões do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e leis internas e internacionais. Oposição, instituições e organizações internacionais criticam ataque aos direitos humanos, mas ala mais à direita do executivo quer que Rishi Sunak ainda mais longe.