Professores

O Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre esta situação. Joana Mortágua diz que para além de ser um “desrespeito aos acordos assinados com o Brasil” é “irresponsável e absurdo diante da enorme falta de professores que existe nas escolas portuguesas”.

Quando era ministro de Passos Coelho, Nuno Crato dizia que o país tinha professores a mais e que vinha aí uma quebra de natalidade que tornaria esse excesso ainda maior. Agora diz que já em 2012 tinha estudos a alertar para a falta de professores. Vídeo de @Volksvargas 

Número de professores sem escola atribuída sobe em quase dois milhares desde agosto. Educação pré-escolar e de primeiro ciclo são as áreas com mais professores por colocar.

Fernando Alexandre disse aos jornalistas que milhares de alunos começarão sem aulas e reconhece a importância de valorizar a carreira docente. Movimento Missão Escola Pública diz que ano letivo começará com perto de 200 mil alunos sem pelo menos um professor.

Fenprof crítica postura e políticas do Governo e avisa que a falta de professores vai prejudicar cerca de 122 mil alunos. Distritos de Lisboa, Setúbal e Faro são os que têm mais falta de professores.

Numa “nota informativa” a DGAE anunciou que não haveria concurso de vinculação este ano. A Fenprof diz que isto “prolonga a precariedade” e impede professores do quadro de conseguirem aproximar-se do local de residência.

Professores que ficaram vinculados estão a ser contactados pelo Ministério da Educação para lhes sugerir que rescindam contratos por suposta falta de vaga. Joana Mortágua contrapõe que o verdadeiro problema são as vagas que ficaram por preencher.

Cinco estruturas sindicais não assinaram a proposta do Ministério da Educação. Fenprof estima que 25.400 professores à beira do fim da carreira não estejam abrangidos pela proposta. Joana Mortágua diz que foi “uma vitória dos professores”, mas falta resolver problemas da escola pública
 

Fenprof contesta a intenção de revogar o decreto do anterior executivo que permite aos docentes afetados pelos dois períodos de congelamento da carreira recuperar o tempo em que ficaram a aguardar vaga para os 5.º e 7.º escalões.

Aplaudido pela associação de colégios privados, o novo ministro da Educação é dirigente do think-tank +Liberdade e defendeu o fim definitivo do 14º mês para os pensionistas e funcionários públicos, incluindo os professores. Associações académicas contestam o fim do Ministério da Ciência e Ensino Superior, áreas que ficam sob tutela de Fernando Alexandre.

Há cada vez menos professores a formarem-se a cada ano e cada vez mais necessidades nas escolas. A solução, apontam alguns dos responsáveis pelas associações de professores, passa por valorizar a carreira docente.

Protesto da Fenprof na quinta-feira contou com a presença do secretário-geral Mário Nogueira e mais de três centenas de professores.

O Conselho Nacional da Educação alerta no seu recém-lançado relatório "Estado da Educação 2022", que a falta de professores em Portugal é particularmente preocupante devido ao envelhecimento da classe docente.

A Fenprof sai à rua para “reclamar a valorização da profissão e da Escola Pública” e apresentar propostas sobre falta de professores, carreira, condições de trabalho, aposentação, precariedade, formação de professores, financiamento da Educação, educação inclusiva e mobilidade por doença.

Líder da Fenprof estima que este ano se aposentem mais de 4.900 professores, caso o ritmo de aposentações se mantiver a este nível ao longo de todo o ano.

Cerca de dois mil professores manifestaram-se este sábado em Lisboa numa Marcha pela Educação entre o Largo do Rato e a Assembleia da República.

Em causa está a situação de cinco mil docentes impedidos de se reinscrever na Caixa Geral de Aposentações, apesar de todas as decisões dos tribunais confirmarem esse direito.

Mariana Mortágua visitou esta manhã a Escola Secundária José Gomes Ferreira onde apontou a melhoria da atratividade da carreira docente como antídoto para o “problema estrutural” de falta de professores, apresentando propostas para inverter o rumo das políticas do PS e PSD nos últimos anos.

Numa visita a uma escola secundária em Setúbal, Mariana Mortágua acusou o Governo de "comprar um braço de ferro" com os professores durante quatro anos para no fim do mandato assumir que havia margem para recuperar o seu tempo de serviço.

A plataforma sindical docente assinala o “cada vez maior isolamento do Governo” sobre a recuperação do tempo de serviço. Os professores voltam a sair à rua no dia em que se discutirá no Parlamento o Orçamento para o setor.