Hungria

Coligação que governa alega que alteração serve para proteger crianças contra "propaganda sexual", associações pedem que União Europeia abra processo.

O chefe do governo húngaro de extrema-direita anunciou a retirada do seu país no dia em que recebe o seu homólogo israelita alvo de mandado de captura internacional.

Grandes manifestações contra o aumento da repressão e a proibição da marcha LGBTQI cortam estradas e bloqueiam pontes. Manifestantes exigem "democracia".

Revisão à Lei Fundamental húngara consolida estado autoritário e conservador, proíbe marchas LGBT e pretende blindar certas leis de uma futura mudança, com necessidade de maioria de dois terços.

Viktor Orbán tem recebido no seu país responsáveis da extrema-direita polaca que fogem a acusações de corrupção. O governo polaco pretende recorrer à União Europeia para o travar.

Estados Unidos da América criticam mandado e Hungria, que subscreve o Tribunal Penal Internacional, rejeita aplicar mandado. Alemanha ainda a "avaliar" a situação e Reino Unido não revela posição.

A União Europeia foi crucial para a ascensão de Orbán. Agora, ele quer refazê-la à sua imagem.

Áron Rossman-Kiss

Representante do Center for the Fundamental Rights reuniu-se com Rita Matias e Pedro Frazão. "Think tank" húngaro espalha propaganda em auxílio de vários partidos de extrema-direita pela Europa. Chega não oferece nenhuma resposta oficial.

Orgão criado no final de 2023 para combater "influência externa" tem sido usado para colocar pressão sobre os orgãos de comunicação social que criticam a relação de Orbán com Putin e que investigam a corrupção do Governo.

Figura de referência do grupo de extrema-direita que o Chega integra, Viktor Órban lançou a presidência húngara da UE com uma visita ao Kremlin. A reunião de governos está em causa. Portugal não envia ministros.

As sondagens colocam o Fidesz, no poder há 14 anos, como o grande vencedor nestas europeias. Mas o facto de serem simultâneas com as autárquicas pode reduzir a vantagem nos centros urbanos. Permanece a incógnita sobre qual o grupo de extrema-direita a que Orbán irá aderir no Parlamento Europeu.

A falta de transparência quanto à identidade dos investidores e beneficiários de fundos geridos pela Alpac Capital vai custar cem mil euros de multa imposta pela CMVM ao fundo que comprou os jornais “Nascer do Sol” e “i”.

Para "atenuar a ideologia de esquerda" na UE, o regime de Viktor Orbán financiou com 57,5 milhões de euros a compra da estação televisiva europeia. À frente do negócio está Pedro Vargas David, filho de um histórico do PSD com ligações a interesses húngaros e dono dos jornais “i” e “Nascer do Sol”. A investigação foi publicada pelo Expresso, Le Monde e Direkt36. Bloco questionou Governo e ERC.

O Partido A Nossa Pátria defende que se a Ucrânia perder a guerra a Transcarpátia, zona que tem 150.000 húngaros étnicos, deve ser anexada.

Depois da Polónia, Hungria e Eslováquia, também a Bulgária pondera proibir a entrada de cereais ucranianos no país. Bruxelas promete mais ajudas aos agricultores afetados.

O parlamento húngaro considera que a existência de casais homossexuais põe em causa o direito das crianças de se identificarem “com o sexo correspondente à nascença” porque, segundo a Constituição do país, o casamento é uma união “entre um homem e uma mulher”.