Milhares de pessoas manifestaram-se na passada terça-feira contra uma nova lei que proíbe as marchas anuais do orgulho LGBTQI e que permite usar instrumentos de reconhecimento facial para identificar organizadores e participantes.
A lei foi proposta pelo Fidesz, partido do primeiro-ministro Viktor Orbán, e passou no parlamento na semana passada. Segundo o documento, as marchas do orgulho LGBTQI serão “nocivas” para as crianças.
Estradas foram bloqueadas, o trânsito foi interrompido e três pontes que atravessam a cidade foram cortadas pelos manifestantes, que saíram à rua pela segunda vez no espaço de uma semana , gritando “democracia” e “reunião é um direito fundamental”.
Os manifestantes criticam a lei como um ataque à democracia por colocar em causa o direito à reunião. À Reuters, os organizadores da marcha do orgulho LGBTQI defendem que a marcha não é nociva para as crianças e que vão continuar a convocar o evento apesar da lei de direita.
Não é o primeiro ataque do líder de extrema-direita à comunidade LGBTQI. Nos últimos anos, Orbán proibiu a adoção por pessoas do mesmo sexo e baniu os conteúdos LGBTQI na televisão, filmes, anúncios e literatura.
Se a extrema-direita levar a sua avante, deverá incluir uma emenda constitucional em abril que garantirá a proibição de eventos públicos LGBTQI.
