Isabel Rosa, do Tamera - Centro de Educação e Pesquisa para a Paz, afirmou, em declarações à agência Lusa, que a adesão à iniciativa será bastante significativa, já que a mobilização para este evento é superior à registada o ano passado, quando cerca de 1000 pessoas de 40 países diferentes formaram uma enorme mensagem humana na praia de Odeceixe para impedir a exploração de petróleo na costa portuguesa.
De acordo com a ativista, o objetivo deste evento é impedir a prospeção de petróleo em Aljezur, no distrito de Faro, mas também apresentar alternativas para o abastecimento energético.
“O principal objetivo deste protesto é realmente que o furo não aconteça em Aljezur. É uma ação política, na realidade com uma expressão criativa”, afirmou Isabel Rosa, adiantando que “é preciso parar o furo”, mas também “apresentar alternativas”.
“A ideia é exatamente chamar à atenção que Portugal pode ser um pioneiro em energias alternativas por todas as condições que tem”, acrescentou.
Para a ativista, o primeiro de todos os riscos é, “em vez de começarmos realmente numa transição, estarmos a perpetuar a procura de energia fóssil, quando na realidade já devíamos estar a começar a transição para outro tipo de energias alternativas”.
Em 2017, o Governo português cancelou 10 dos 15 contratos para a prospeção de petróleo e gás, comprometendo-se a não avançar com a exploração na costa do Algarve. Contudo, em janeiro deste ano, o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, deu permissão para a exploração de combustíveis fósseis na costa do Algarve e Alentejo.
A iniciativa que terá lugar este sábado na Cova do Vapor, na Trafaria, concelho de Almada junta ativistas de movimentos nacionais como o Climáximo, ALA - Alentejo Litoral pelo Ambiente, Plataforma Algarve Livre de Petróleo – PALP, TocáRufar, ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável, Futuro Limpo, Coopérnico, Stop Petróleo Vila do Bispo, Tavira em Transição, Campanha Linha Vermelha, Academia Cidadã | Citizenship Academy, SOS-Salvem o Surf, Tamera Healing Biotope I – Portugal, bem como grupos e ativistas internacionais que irão participar no encontro “Defend the Sacred”, em Tamera.