Crise do BES

Ao todo são 32 crimes que já prescreveram ou vão prescrever no primeiro trimestre de 2025. Ricardo Salgado passa a ser acusado de 52 crimes, menos 13 do que antes.

Na campanha eleitoral para o seu primeiro mandato, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou nunca ter trabalhado para o Grupo Espírito Santo. Investigação da SIC, Expresso e Setenta e Quatro encontrou um parecer jurídico do agora Presidente para a administração do BES.

Após o caso ser divulgado pelos advogados de Manuel Pinho, a juíza decidiu suscitar junto do Tribunal da Relação o incidente de escusa.

O regulador do mercado de capitais brasileiro condenou o ex-administrador da PT por ter concedido a si próprio um bónus milionário em 2014.

Ao longo de vários meses entre 2014 e 2015, a deputada Mariana Mortágua reuniu no blogue Disto Tudo as suas notas sobre os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito ao BES. Muita da informação então recolhida foi aproveitada pela investigação aos crimes que afundaram as contas do banco. O esquerda.net publica aqui uma seleção desses posts.

Mariana Mortágua

Este vídeo divulgado em 2009 pelo esquerda.net mostrava a reação do ex-banqueiro às denúncias dos negócios obscuros das offshores do Banco Espírito Santo.

A maioria chumbou as propostas para reforçar os poderes da supervisão e impedir a venda de papel comercial do grupo a que os bancos pertencem. Para Mariana Mortágua, a maioria mostrou “a cara da defesa dos interesses da finança”, depois de os ter criticado na comissão de inquérito ao BES. 

Esta sexta-feira, o Bloco propõe no parlamento um pacote legislativo para aumentar a transparência das estruturas bancárias, acabar com as operações envolvendo empresas sedeadas offshore com donos desconhecidos e reforçar os poderes da fiscalização da atividade dos bancos.

Mariana Mortágua apresenta as propostas de alteração que o partido quer ver refletidas no relatório, que vão no sentido de aprofundar e endurecer as críticas a auditores, supervisores e também à atuação do governo e da troika.

Para o Bloco de Esquerda, a comissão de inquérito comprovou que o esmagamento que o setor financeiro está a fazer ao país “não é um problema pontual, não é o problema de um banqueiro que agiu mal”.

Concluídas as audições da Comissão Parlamentar de Inquérito ao BES, a deputada apresentou as primeiras conclusões retiradas pelo Bloco de Esquerda e advertiu que o problema do sistema financeiro é muito mais grave do que o comportamento de alguns administradores.

Deputada do Bloco de Esquerda confronta o ex-presidente do BES com os números do BESI e mostra que o banco “andou seis anos a pedir dinheiro emprestado para um grupo falido. E nós ainda não conseguimos entender porquê”.

Segundo a auditoria interna da PT, desde pelo menos 2007 que metade do excedente de tesouraria da PT era colocado no BES e no GES, quota que foi subindo até aos 80%, em valor acumulado (ou seja, contando com as renovações dos investimentos). Por Mariana Mortágua.

Mariana Mortágua

A deputada do Bloco questiona Zeinal Bava se sabia dos 900 milhões que a PT aplicou no Grupo Espírito Santo. Veja a resposta do "melhor CEO da Europa e arredores"...

No balanço de abertura do Novo Banco apenas aparece registada uma provisão de 450 milhões para os clientes de retalho que investiram nos veículos especiais. Este recuo acontece em simultâneo com a mudança de estratégia, para uma venda apressada do Novo Banco. É legítimo perguntar: será que o Novo Banco tem responsabilidades para com estes clientes? Por Mariana Mortágua

Mariana Mortágua

A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua conduz-nos por uma visita guiada ao colapso do BES.

Alguns clientes do BES que subscreveram papel comercial do grupo e perderam todo o dinheiro exigem responsabilidades à gestão do Novo Banco.

Foi este o esquema que precipitou a queda do BES ao gerar a necessidade de registar uma provisão de perdas potenciais de 1.250 milhões de Euros, não contemplados na almofada de capital que, um mês antes da intervenção no banco, todos declaravam suficiente. Artigo de Mariana Mortágua.

Mariana Mortágua

O ex-ministro socialista pôs o Novo Banco em tribunal para receber a reforma milionária que combinara com Ricardo Salgado, isenta de impostos e cortes aplicados às pensões nos últimos anos.

O contabilista do Grupo Espírito Santo confirmou aos deputados que o banqueiro sabia do verdadeiro estado das contas do grupo, uma vez que recebia a versão real e a manipulada.