Em comunicado o coletivo “Palestina em Português” anunciou o lançamento de uma petição - que pode ser subscrita aqui - para que o Estado português se junte a outros países como o Brasil, a Colômbia, Jordânia e Marrocos no apoio à queixa apresentada pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) contra Israel por violação da Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio.
Os promotores da petição defendem que o Governo português deve mostrar desta forma "o seu compromisso com o direito internacional humanitário e os princípios de igualdade, justiça e autodeterminação dos povos plasmados na Constituição da República Portuguesa".
"O posicionamento de Portugal contra este massacre, assim como noutros momentos da História, de que é exemplo a solidariedade ativa com o povo de Timor Leste, poderá ser um contributo importante para o fim do genocídio em curso na Faixa de Gaza", afirma este coletivo.
O texto da petição cita as palavras de abertura da sessão no TIJ, em Haia, com a advogada Adila Hassim a afirmar que "os genocídios nunca são declarados antecipadamente, mas este tribunal tem o benefício das últimas 13 semanas de provas que mostram incontestavelmente um padrão de conduta e intenção relacionada que justificam como uma alegação plausível de atos genocidas".
Desde o início da ofensiva israelita contra Gaza, morreram mais de 25 mil pessoas, na maioria mulheres, crianças e jovens, incluindo 250 profissionais de saúde, 101 jornalistas e mais de 140 funcionários da ONU. "À mortandade, somam-se ainda 63 mil feridos, 2 milhões de deslocados, 70 mil casas destruídas, 180 mil parcialmente destruídas, 318 escolas, 23 hospitais, 57 clínicas e 90 ambulâncias", acrescenta o texto d petição, concluindo que "a queixa apresentada pelo Estado sul-africano visa parar o genocídio e impedir a escalada da guerra".