É o primeiro na lista dos homens mais ricos do mundo, publicada pela revista Forbes. Valerá 117 mil milhões de dólares. E, de acordo com The Wall Street Journal, foi previdente ao ponto de vender ações em fevereiro nas vésperas da queda do mercado bolsista, poupando-se a perdas que poderiam ser de 317 milhões. Mas nem por isso Jeff Bezos, o patrão da Amazon, se coibiu de pedir financiamento voluntário para financiar a baixa ou quarentena de alguns dos seus trabalhadores.
A empresa de que é CEO anunciou o lançamento de um fundo de auxílio para os seus “empregados e parceiros”, nomeadamente aqueles que fazem distribuição nos Estados Unidos. A Amazon diz que contribuirá com 25 milhões de dólares mas também pediu publicamente donativos para pagar as baixas dos trabalhadores.
A onda de indignação nas redes sociais não se fez esperar. Para além de apontarem a riqueza pessoal de Bezos e os lucros da empresa, só em 2019 foram 11,9 mil milhões de dólares, algumas publicações sublinhavam também que a empresa não paga nada em impostos federais nos Estados Unidos. A Amazon reagiu amenizando o texto de apresentação do fundo. Em vez do pedido explícito, passou a constar que “apesar de não esperarmos que ninguém o faça, pode fazer um contributo voluntário para o fundo se assim o desejar”.
A empresa de distribuição foi também obrigada, por pressão dos trabalhadores, a alargar os critérios de pagamento de baixas. Depois de ter comunicado que apenas beneficiariam de baixa os trabalhadores a tempo inteiro do seu quadro de pessoal, passou a incluir quem trabalhe 20 ou mais horas. Quem não estiver abrangido por estas regras terá de se candidatar ao fundo de auxílio e esperar que a candidatura seja aprovada. Assim como o terá de fazer a maioria dos que trabalham para a empresa mas não pertencem aos quadros de pessoal.
Entretanto, devido ao aumento de encomendas registado durante o surto do novo coronavírus, a empresa anunciou que vai contratar mais 100 mil funcionários nos EUA.