Luís Leiria

Luís Leiria

Jornalista do Esquerda.net

Faleceu Mario Vargas Llosa. O escritor que começou com ideais socialistas, acabou a defender o liberalismo. Publicado em 1984, o seu romance do prémio Nobel foi apresentado como uma caricatura dos pequenos grupinhos revolucionários, ao retratar uma aventura insurrecional protagonizada por um trotskista, homossexual e militante de um minúsculo partido. Mas não é nada disso.

As reportagens que nos chegam de Gaza dão-nos a imagem gráfica do que foi, é e será a resistência e a luta do povo da Palestina.

Organização afirma que só as pessoas detidas depois das manifestações de julho de 2021 são 600. Historiadora e ativista dos direitos civis diz que sistema político cubano é “uma fábrica potencial de presos políticos”.

Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro, é o primeiro general de 4 estrelas a ser preso, no Brasil, num processo da Justiça civil. O cerco aperta-se em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro, apontado como o líder dos planos golpistas. 

Eleições municipais no Brasil marcam importantes vitórias da direita dita do “centrão”, mas também uma divisão na extrema-direita, com o surgimento de novas lideranças que contestam Bolsonaro. Para a esquerda, a segunda volta em São Paulo será decisiva.

Divulgação das atas, urna por urna, continua a não ser feita pelo Conselho Nacional Eleitoral, como manda a lei e fora muitas vezes prometido. Depois do pretexto de um suposto ataque hacker contra o sistema eleitoral, as atas apareceram mas foram parar ao Tribunal Supremo de Justiça, que também não as publicou. 

Se tivessem sido mais cuidadosos, os chefes dos média franceses e europeus deviam pelo menos ter prestado atenção aos líderes da Nova Frente Popular (NFP), que asseguravam que a esquerda podia ganhar.

Historiadoras foram detidas quando se dirigiam a Havana, onde fariam um protesto diante da estátua de José Martí. Segurança do Estado afirma que elas podem viajar livremente, mas a prática mostra que é o oposto que acontece.

Um dia, a realidade tornou-se tão absolutamente esmagadora que deixei de encontrar as palavras certas para descrever a barbárie de Gaza.

O sindicalista ucraniano Yuri Samoilov só admite uma saída para pôr fim à guerra que devasta o seu país: a vitória sobre o invasor. “Os ucranianos não querem voltar a ser colonizados pela Rússia”, afirmou, nesta entrevista ao Esquerda.net, em Lisboa, onde veio pedir solidariedade à sua causa. Por Luis Leiria.