Em comunicado, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) lembra que, mais de um ano após o início das negociações, em abril de 2022, e a menos de um mês do fim do protocolo negocial, a 30 de junho, o Ministério da Saúde “continua sem apresentar propostas concretas que valorizem as grelhas salariais e melhorem as condições de trabalho dos médicos”.
De acordo com a estrutura sindical, o Ministro da Saúde “não colocou em cima da mesa quaisquer propostas escritas, apenas vagas intenções sobre a generalização das Unidades de Saúde Familiar modelo B (USF-B), sobre os horários dos médicos hospitalares e a valorização da Saúde Pública”.
A FNAM considera que esta é uma “atitude pouco séria nas negociações”, que “revela o objetivo encapotado em mercantilizar o Serviço Nacional de Saúde, deixando os serviços públicos de saúde ao abandono à medida que se aproxima o período crítico do verão e das Jornadas Mundiais da Juventude”.
Neste contexto, a FNAM “vê-se obrigada a avançar para uma primeira greve”, a realizar-se nos dias 5 e 6 de julho, em “defesa da valorização do trabalho médico, de cuidados de saúde de qualidade e do SNS”. A estrutura sindical enfatiza que apenas Manuel Pizarro poderá “evitar esta resposta de último recurso, já na próxima reunião negocial, no dia 20 de junho”.
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