Galp mais lucros, menos descarbonização

22 de julho 2024 - 11:39

A empresa tem lucrado mais 3,4 milhões de euros por dia mas diz que tem de “reavaliar” as metas de descarbonização por causa da descoberta de petróleo na Namíbia e da “lenta execução dos desenvolvimentos renováveis”.

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Edifício da Galp.
Edifício da Galp. Foto Manuel de Almeida/Lusa.

A empresa da indústria fóssil nacional anunciou num comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários um aumento de lucros de 23% no primeiro semestre do ano quando comparado com igual período do ano passado, atingindo os 624 milhões de euros. No último trimestre, o crescimento dos lucros foi de 16%, até aos 299 milhões. A Galp lucrou em média mais de 3,4 milhões de euros por dia.

A empresa fala em “níveis de produção resilientes” e buma “base de custos competitiva no portefólio do Brasil” nos setores do petróleo e do gás. E diz que a pressão sobre os preços grossistas na Península Ibérica fez reduzir as receitas da venda de energia solar.

As estimativas de resultados para este ano foram revistas em alta devido ao fim da contribuição do projeto Coral Sul (em Moçambique) para as suas contas e ao desempenho obtido no primeiro semestre.

Ao mesmo tempo, anuncia-se uma “reavaliação” das metas de descarbonização justificada pelo “o efeito potencial” das descobertas de petróleo no projeto Mopane, na Namíbia, e pela “lenta execução dos desenvolvimentos renováveis”.

Para além disso, noticia-se a venda do negócio de distribuição de combustíveis na Guiné-Bissau à Zener International Holding a concluir até 2025.