Combustíveis Fósseis

A empresa tem lucrado mais 3,4 milhões de euros por dia mas diz que tem de “reavaliar” as metas de descarbonização por causa da descoberta de petróleo na Namíbia e da “lenta execução dos desenvolvimentos renováveis”.

Um relatório mostra como a expansão da aposta na poluição tem continuado apesar dos supostos compromissos. Canadá, Coreia do Sul e Japão são dos que mais dinheiro lançam para a indústria fóssil. “É preciso responsabilizar os países ricos pelo seu papel no financiamento da crise climática”, dizem ambientalistas.

A Global Energy Monitor diz que o aumento “mostra uma falta de compromisso com as metas climáticas” e que “a ciência é clara: não pode haver novos campos de petróleo e gás, ou o planeta será empurrado para além do que pode suportar”.

Os lucros das cinco maiores companhias petrolíferas dispararam desde o início da invasão russa da Ucrânia. A Global Witness diz que estas “acumularam uma riqueza incalculável à custa da morte, da destruição e da subida em flecha dos preços da energia”.

O grupo europeu a que PSD e CDS pertencem quer terminar com uma das medidas centrais do Pacto verde europeu. Para além disso, pretende endurecer ainda mais a política migratória da União Europeia e defender os seus “valores cristãos”.

A invasão da Ucrânia trouxe lucros extraordinários para BP, Shell, Chevron, ExxonMobil e TotalEnergies. Em vez de investirem na transição energética, escolheram duplicar investimentos nos fósseis e atribuir verbas nunca antes dadas aos seus acionistas.

Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente quantifica as diferenças entre as promessas dos governos mundiais de redução das emissões de gases com efeito de estufa e a realidade do aumento da produção de combustíveis fósseis.

O estudo "Casas frias, lucros quentes" pretende mostrar “como os poluidores convencem políticos a meter os lucros à frente das pessoas”. A coligação ambientalista Fossil Free Politcs tem uma petição para correr com os lóbis desta indústria dos corredores da política.

Numa carta enviada à gigante petrolífera saudita expressam a sua "mais séria preocupação relativamente aos impactos adversos nos direitos humanos causados por atividades como a exploração de combustíveis fósseis que contribuem para as alterações climáticas".