Gaza

Bloco recolhe assinaturas para exigir o reconhecimento do Estado palestiniano

10 de fevereiro 2025 - 16:44

Face às declarações de Donald Trump sobre a limpeza étnica em Gaza, Bloco de Esquerda recolhe assinaturas para exigir o reconhecimento do Estado da Palestina a Luís Montenegro.

PARTILHAR
Bandeira Palestina
Bandeira Palestina. Fotografia de Andrew E. Larsen/Flickr

O Bloco de Esquerda lançou uma carta aberta endereçada ao primeiro-ministro que procura recolher assinaturas para exigir o reconhecimento do Estado da Palestina e a condenação à limpeza étnica anunciada pelo presidente dos Estados Unidos da América e por Benjamin Netanyahu.

A carta aberta, que pode ser assinada aqui, critica em concreto as declarações do ministro da Defesa, Nuno Melo, que caraterizou as afirmações de Donald Trump sobre a limpeza étnica em Gaza como uma “singularidade” da “política interna” estadunidense.

No contexto destas declarações, a carta exige a Luís Montenegro que Portugal se deve “posicionar de forma inequívoca contra novos ataques ao povo palestiniano”, “reconhecer o Estado da Palestina” e “exigir o cumprimento das resoluções das Nações Unidas”.

Ainda no passado domingo, Donald Trump voltou a reforçar a ideia de que está “comprometido em comprar e possuir” a Faixa de Gaza, e que “podemos dá-la a outros Estados do Médio Oriente para construírem partes”. O presidente estadunidense chegou mesmo a dizer que queria transformar Gaza numa “Riviera do Médio Oriente”.

O Bloco de Esquerda deu entrada de duas iniciativas na Assembleia da República relacionadas com os ataques de Donald Trump ao Tribunal Penal Internacional, que aconteceram no contexto do mandado de captura emitido contra o primeiro-ministro israelita. O projeto de resolução apresentado recomenda ao governo o cumprimento dos mandados de captura emitidos pelo TPI por crimes de guerra e contra a humanidade. Por sua vez, o projeto de lei prevê a proibição da importação de bens, serviços e recursos naturais originários de colonatos ilegais em territórios ocupados na Palestina.