Turquia

Uma delegação do partido da esquerda pró-curda na Turquia visitou Abdullah Öcalan na prisão, após o governo turco ter dado sinais de abertura a uma solução pacífica do conflito.
 

Uma manifestação de grandes dimensões demonstrou oposição à lei que Erdogan pretende impor e que permitirá o massacre de cães errantes em várias circunstâncias. As autarquias da oposição dizem que não vão aplicar a lei desafiando a possibilidade de pena de prisão até dois anos por o fazerem.

O Tribunal Constitucional tinha decidido que a lei em vigor violava o princípio de igualdade entre homens e mulheres. O partido no poder apresentou no Parlamento uma iniciativa para obrigar as mulheres a adotar o apelido dos maridos.

Depois da derrota eleitoral nas autárquicas de março, o governo turco utiliza falsas acusações de apoio ao terrorismo para destituir os autarcas eleitos pelo partido DEM no leste do país.  O co-presidente do município de Hakkari é o mais recente alvo da vaga repressiva.

Após vencer com 55% dos votos as eleições municipais na cidade de Vane, capital da província com o mesmo nome no Curdistão turco, o candidato do DEM foi afastado por ordem judicial e substituído pelo candidato do partido de Erdogan, que obteve apenas 27% dos votos.

Partido de Erdogan teve este domingo a pior derrota das últimas décadas. Republicanos do CHP conquistam cidades importantes e ultrapassam o AKP em votos a nível nacional pela primeira vez em 35 anos. Nas zonas de maioria curda, o DEM saiu vencedor.

Nos seis meses anteriores às autárquicas do fim de março, o governo de Erdogan inscreveu dezenas de milhares de eleitores, sobretudo membros de forças de segurança, dando residências falsas nas cidades de maioria curda onde a esquerda venceu ou ficou perto disso em 2019.

A ameaça de proibição levou o HDP a concorrer às legislativas nas listas de outro partido. Agora fundou um novo partido, mas o nome foi contestado em tribunal pelos aliados ultranacionalistas de Erdogan, que tentam evitar que a esquerda se apresente às autárquicas de março.

Os líderes do Partido Democrático do Povo (HDP) e da Esquerda Verde (YSP) afirmam que o resultado da segunda volta das presidenciais expressa uma clara vontade de mudança, tendo em conta as sucessivas violações das regras democráticas ao longo da campanha.

O risco de ilegalização obrigou os candidatos do HDP a concorrerem nas listas da Esquerda Verde. Resultados provisórios confirmam-no como a terceira força política da Turquia, perdendo cinco deputados.

Numa eleição com uma taxa de participação histórica, acima de 93%, o atual presidente Erdogan lidera a contagem mas deve falhar a eleição à primeira volta.

Líder do maior partido da oposição desde 2010, Kemal Kilicdaroglu promete acabar com o presidencialismo, dando mais poderes ao Parlamento. Na frente externa alinha com a agenda ocidental, mas os curdos podem não ter razões para grandes festejos. Por Balki Begumhan Bayhan.

A maioria das formações de esquerda do país decidiram apelar ao voto no candidato de centro-esquerda, Kemal Kiliçdaroglu, principal rival do atual presidente. Por Ricard González.

Com as sondagens a indicarem que pode perder as presidenciais da próxima semana, o presidente turco voltou a atacar a comunidade LGBTQI+ na campanha eleitoral.

As eleições marcadas para 14 de maio opoem o atual presidente Recep Tayyip Erdogan e Kemal Kilicdaroğlu, representando os seis principais partidos da oposição que se uniram na tentativa de romper com a hegemonia do "novo sultão". Por Antonio Ribeiro Tupinamba.