Grécia

Redistribuição forte do rendimento a favor do capital, leis do trabalho mais duras e distribuição clientelar de fundos europeus é a receita do governo de direita.

Antonis Ntavanellos

A maior confederação sindical do país convocou uma paralisação contra os baixos salários, o fim da contratação coletiva e as leis anti-laborais do governo conservador.

Em carta à Federação Grega de Futebol escrevem que a paralisação continuará “até que as condições sejam apropriadas para a nossa segurança”. Todos os jogos previstos para a Super Liga nesta jornadaforam adiados.

Migrantes e requerentes de asilo contam como sofreram revistas corporais e genitais efetuadas por presumíveis guardas fronteiriços da União Europeia na Grécia. Uma investigação do El Salto por Helena Rodríguez, Benjamin Hindrichs e Sandra Abdelbaki.

Stefanos Kasselakis, empresário até há pouco radicado nos EUA, ex-funcionário da Goldman Sachs, sem ligação prévia ao Syriza e do qual se desconhecem as ideias, ganhou as eleições internas. Antonis Ntavanellos explica como conseguiu impor a sua liderança num partido que ainda se definia como componente da “esquerda radical”.

O governo conservador diz que se trata de “flexibilizar” e combater as horas de trabalho não declaradas. Os trabalhadores respondem que não querem “ser escravos modernos”, que o pacote legislativos desrespeita direitos fundamentais e abre a porta para muitos mais abusos.

Com os concessionários de praias a invadir quase todo o espaço disponível em muitos areais com cadeiras e guarda-sóis para alugar, os cidadãos começaram a organizar-se, manifestaram-se e colocaram o tema na ordem do dia. Agora, o governo promete mais fiscalização.

Após as derrotas eleitorais nas eleições legislativas de maio e junho, o antigo primeiro-ministro da Grécia diz que o partido tem de “mudar drasticamente”, se quiser "recuperar o governo com credibilidade”.

O partido de direita do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis repetiu a vitória de maio e beneficia do bónus eleitoral para conseguir maioria absoluta. Parlamento vai contar com três partidos da extrema-direita, somando 34 deputados.

Centenas de pessoas continuam desaparecidas no naufrágio da madrugada de dia 14. Autoridades receberam pedido de socorro na manhã de dia 13. Milhares manifestaram-se em Atenas e Salónica.

No período que se segue, o inimigo mais perigoso para Mitsotakis será a ação “de baixo e à esquerda”. O confronto com este adversário determinará a resistência e, em última análise, a viabilidade do governo que sair das urnas a 25 de junho. Por Antonis Ntavanellos.

Desde que chegou ao poder, o primeiro-ministro de direita tem multiplicado os ataques contra os trabalhadores. Mas os últimos quatro anos na Grécia também foram de resistência popular. Por Andreas Sartzekis.

A Nova Democracia acabou com uma vantagem clara de cerca 20% sobre o Syriza. Só que como não chegou à maioria absoluta e não há coligações expectáveis, o país deverá voltar às urnas em cerca de um mês.

Pela primeira vez em mais de 40 anos, as legislativas gregas não terão o "bónus" de 50 deputados para o partido mais votado. Se não houver maioria para governar, há nova eleição daqui a mês e meio.

O Supremo Tribunal da Grécia tomou a decisão na sequência de uma lei que impede partidos liderados por políticos condenados por crimes graves e que ponham em causa a democracia de irem a votos. Kasidiaris, o líder deste partido, está preso por assassinato e associação criminosa mas continua a publicar mensagens no Youtube.