Cultura

No seu mais recente romance, Álvaro Filho descreve a discriminação que os trabalhadores brasileiros sofrem em Portugal e cria uma mística em torno da 'desobediência. Em entrevista ao Esquerda, o autor fala da realidade por detrás da obra e dos fenómenos sociais e políticos que influenciam o livro.

Este é daqueles livros que dificilmente se esquecem. Aquela tragédia não é caso único ou isolado, infelizmente. Nem é coisa do passado. Vivemos actualmente tempos de guerra e extrema violência. Artigo de Almerinda Bento

Nascido em 30 de novembro de 1835, Mark Twain é um gênio universal tanto pelo valor da obra literária, quanto dos artigos e pensamentos, em que seu humor e combate são insuperáveis.

Num registo de realismo social, a cineasta francesa Léonor Serraille revela uma inusitada habilidade em desenhar quadros de intimidade e transição familiar. Este é um filme que contorna a eventual vontade de enquadrar emoções onde elas pertencem. 

Entre 1968 e 1974, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa foi casa de um movimento de resistência ao fascismo. Nos últimos anos "o movimento radicalizou-se muito". Exposição que recorda essa luta pode ser vista até 29 de novembro no Liceu Camões.

No dia em que se assinalam os cinco anos da morte do cantor e compositor, mais de cinco mil assinaturas foram entregues esta terça-feira no parlamento, em defesa da classificação de uma obra que é "inexcedível para além da musical".

A iniciativa serviu para denunciar a “emergência linguística extrema” e a perda de espaço do galego como língua de comunicação habitual na Galiza.
 

O concerto de sábado no Fórum Lisboa celebra o compromisso internacionalista de Zeca Afonso e leva ao palco artistas palestinianos, de Moçambique, Brasil, Turquia e Argentina.

À medida que o pensamento liberal foi evoluindo na tentativa de resolver as falhas do capitalismo, há quem diga que tornou o marxismo irrelevante. Nesta entrevista, o professor de sociologia e editor da revista Catalyst, Vivek Chibber, contrapõe que é o marxismo que nos dá as ferramentas para ultrapassar injustiças deste sistema económico.

A denúncia anónima feita em 2021 mostrava casos de ajustes diretos com valores acima do legalmente previsto e sem publicação no portal Base, favorecendo algumas empresas mecenas da Casa da Música. Agora, o Tribunal de Contas veio dar razão aos denunciantes.
 

O cinema mostra-se uma importante expressão artística e uma forma de difusão de ideias e elementos culturais, ao mesmo tempo que se constitui um produto comercializável por grandes conglomerados económicos.

O festival de cinema Olhares do Mediterrâneo faz uma década e traz a Lisboa perspetivas femininas de todo o Mediterrâneo. Em entrevista, uma das organizadoras fala ao Esquerda sobre a importância dessas perspetivas e os conflitos que naturalmente exprimem, desde o genocídio da Palestina até ao colonialismo.

De 8 a 10 de Novembro, a mostra de cinema vai abordar a questão colonial, tendo como pedra angular a questão palestiniana. São 12 sessões com entrada gratuita no Cinema Trindade, no Porto.

O professor de Ciência Política do ISCTE-IUL e autor de vários estudos sobre representação política teve um percurso de intervenção cívica e política em defesa da unidade das esquerdas.
 

A instituição de ensino artístico fundada em 1884 conta hoje com 320 alunos e está sob ameaça de despejo no fina do ano letivo. Moedas assumiu a pasta da Cultura, mas à semelhança do que se passou com os Artistas Unidos não encontra soluções para manter o espaço ou dar uma alternativa.

A mostra de cinema insubmisso vai levar ao cinema Trindade filmes que tratam de forma transversal a questão colonial nos dias de hoje.

Numa Havana em transformação, passado e presente entrelaçam-se num intrigante romance policial. Na obra do aclamado autor cubano, a investigação de um assassinato provoca reflexões acerca das cicatrizes deixadas pela história.

Teresa Sobral encena no São Luiz Class Enemy, uma peça sobre a desqualificação social que a pobreza impõe e as falhas da escola pública. Em entrevista ao Esquerda, fala sobre a relevância da peça hoje, em Portugal.

A presidente da maior rede de teatros com financiamento público da Europa denuncia que, onde chega ao poder, a extrema-direita está a despedir agentes culturais e a colocar no seu lugar os seus propagandistas para promoverem “um repertório com uma linguagem nacionalista única”.

Percorreu o continente europeu mas não deixou símbolos ou slogans e a memória não foi generosa com ela. No seu novo livro, o historiador Christopher Clark recria este ano extraordinário da história europeia e permite-nos refletir mais amplamente sobre a história das revoluções e dos processos de transformação política e social.