Convocar a História

Num momento em que passam 85 anos da abertura do Campo de Concentração do Tarrafal, convidámos o investigador Víctor Barros para nos falar das diferentes vidas de um local que se tornou símbolo da repressão, mas também da resistência, à ditadura e ao colonialismo. Conversa com Víctor Barros conduzida por Fernando Rosas e Miguel Cardina. 

A potência e as encruzilhadas do movimento LGBTQI+ em análise e debate. Como e por que surge o movimento? Que acolhimento teve/tem no nosso país? Como se articula, se se articula, com os outros movimentos sociais? O que são o pinkwashing e o pink money? A sigla do movimento representa fragmentação caleidoscópica ou inclusão exigente? Qual a agenda atual do movimento? Conversa com Ana Cristina Santos moderada por Fernando Rosas e Andrea Peniche.

Na noite de 19 para 20 de outubro de 1921, sob o comando de um grupo desmandado de marinheiros, soldados da GNR e revolucionários civis, uma “Camioneta Fantasma” percorreu a cidade de Lisboa e procedeu à “matança” de seis figuras gradas da República. Pelo horror social que provocou, abriu brechas por onde entraram os generais que puseram termo à República em 1926/27. Conversa com Alice Samara, conduzida por Fernando Rosas e Luís Farinha. 

O debate sobre a articulação entre a memória colonial e o território é hoje um tema incontornável. Partindo do caso de Lisboa, conversámos com Beatriz Gomes Dias sobre a necessidade de descolonizar essas marcas e legados. Com Fernando Rosas e Miguel Cardina. 

A terra-solo, a terra-natureza, terra e tecnologia, a Política Agrícola Comum (PAC), o capital financeiro e os novos modelos de produção ou a luta pela terra são alguns dos temas abordados nesta conversa com Fernando Oliveira Baptista sobre a terra, conduzida por Fernando Rosas e Mariana Carneiro.   

O Sahara Ocidental, onde o povo saharaui continua a lutar pelo seu direito à autodeterminação e independência, é a última colónia de África, e está tão perto de nós, geograficamente falando. Mas continua longe do nosso pensamento, porque a nossa ignorância é imensa. Conversa com Luísa Teotónio Pereira, conduzida por Fernando Rosas e Rita Lucas Narra. 

Mais do que a revista fundada em 1921, a Seara Nova foi uma corrente de pensamento, um movimento cultural e um espaço político. É sobre esta intervenção intelectual em tempos sombrios, as suas ambiguidades e contradições, que decorre a conversa com António Rafael Amaro, moderada por Fernando Rosas e Luís Trindade. 

Até à I Guerra Mundial, uma parte significativa da luta política portuguesa centrou-se no posicionamento das diversas forças políticas face à Lei de Separação do Estado das Igrejas, de 20 de abril de 1911. Conversa com Júlia Leitão de Barros, moderada por Fernando Rosas e Luís Farinha. 

A descolonização não foi uma mera transferência de poder. Pedro Pezarat Correia fala connosco sobre as dinâmicas sociais e políticas desse processo longo que reconfigurou também a face do Portugal contemporâneo. Conversa moderada por Fernando Rosas e Miguel Cardina. 

Como se formou o povo palestiniano e como tem resistido? Que perspectivas de futuro? Conversa com Shahd Wadi, moderada por Fernando Rosas e Rita Lucas Narra. 

 

A história da guerra é também feita daqueles que a recusaram fazer. Fernando Cardeira conversará connosco sobre o seu percurso de deserção e sobre a importância do fenómeno no desgaste da legitimidade da guerra e da ditadura que a conduzia. Conversa com Fernando Cardeira, conduzida por Fernando Rosas e Miguel Cardina. 

Nascido há 120 anos, a 18 de abril de 1901, em Vila Viçosa, Bento de Jesus Caraça deixou-nos uma obra invulgar, marcada por um profundo empenho cultural e político. No episódio do podcast desta semana, Fernando Rosas e Mariana Carneiro conversam com a professora universitária e investigadora Helena Neves sobre este homem ímpar da nossa História. Conversa com Helena Neves, conduzida por Fernando Rosas e Mariana Carneiro. 

Portugal enfrentou uma longa guerra colonial em três frentes - Angola, Guiné e Moçambique - que haveria de determinar o fim da ditadura e do colonialismo português em África. Agora que passam 60 anos sobre o início do conflito, convidámos o historiador Pedro Aires Oliveira para discutir o tema connosco. Conversa com Pedro Aires Oliveira, conduzida por Miguel Cardina e Fernando Rosas. 
 

Neste episódio do podcast, Fernando Rosas e Mariana Carneiro conversam com o investigador e ativista pela justiça climática João Camargo acerca da ligação entre o modo de produção capitalista e a atual crise climática.

Para pensarmos o que é a classe que vive do trabalho é preciso atender às transformações na economia, nos regimes de acumulação capitalista e nos modos de regulação laboral. De que maneira nos interpelam estas transformações? E como organizar o mundo do trabalho na era da precariedade? São estas algumas das questões que atravessaram este episódio do “Convocar a história”. Conversa com José Soeiro, conduzida por Fernando Rosas e Mariana Carneiro. 

A versão clássica e dualista (produtivo/reprodutivo) do conceito de trabalho serve-nos para descrevermos, interpretarmos e transformarmos a realidade ou precisamos de reconfigurar o conceito de trabalho? Conversa com José Nuno Matos, conduzida por Fernando Rosas e Andrea Peniche.

 

Em Portugal, o 1º de Maio, cuja origem remonta aos acontecimentos de 1886, em Chicago, foi assinalado logo a partir de 1890, primeiro ano da sua realização internacional. Mesmo durante o Estado Novo, o povo enfrentou o regime e continuou a ocupar as ruas, de que são exemplo as grandes manifestações de 1962. Conversa com Maria Alice Samara, conduzida por Fernando Rosas e Mariana Carneiro.

A publicação de Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes, em 1941, consolida a emergência do neo-realismo como movimento literário e cultural. Contra-imagem da propaganda do Estado Novo – uma imagem idealizada do país e do seu povo – o neo-realismo tornar-se-ia, nas décadas seguintes, uma verdadeira cultura política antifascista. Conversa com Luísa Duarte Santos, conduzida por Fernando Rosas e Luís Trindade.

 

1931 é em Portugal o ano de todas as revoltas e também o ano decisivo da implantação da Ditadura Nacional, sob a chefia de Oliveira Salazar. Com a implantação da II República de Espanha (15 de abril de 1931) abre-se um contencioso entre os dois países ibéricos que não é mais que um dos marcos mais decisivos da divisão ideológica que vai marcar a Europa de uma forma irredutível e definitiva – até ao confronto da Grande Guerra Civil Europeia. Conversa com Luís Farinha, conduzida por Fernando Rosas e Rita Lucas Narra.
 

Entre 1926 e 1940, republicanos, socialistas e outros democratas (civis e militares) opuseram-se aos ditadores pela força das armas, numa guerra civil larvar e intermitente, dificultando-lhe a sua instalação. A Revolta da Madeira – que se estendeu aos Açores e tentou alargar-se ao Continente foi um desses momentos de afrontamento, iniciado em 4 de abril de 1931. Conversa com Célia Reis, conduzida por Fernando Rosas e Luís Farinha.