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Centenário Seara Nova

Mais do que a revista fundada em 1921, a Seara Nova foi uma corrente de pensamento, um movimento cultural e um espaço político. Hoje sobretudo lembrada pela colaboração de intelectuais como António Sérgio, Raul Proença e Jaime Cortesão, a Seara ocupou um lugar central para entender a crise do liberalismo em Portugal no início do século XX: a sua crítica ao sistema político republicano e a sua resistência contra a ditadura colocaram-na na linha da frente das transformações políticas contemporâneas; a raiz iluminista do seu pensamento – com um cunho vincadamente racionalista – deu-lhe, por outro lado, uma dimensão elitista que a alienou, por vezes, das jovens gerações radicalizadas pelo marxismo. É sobre esta intervenção intelectual em tempos sombrios, as suas ambiguidades e contradições, que iremos falar com António Rafael Amaro, que há mais de vinte anos estuda o movimento seareiro. Conversa com António Rafael Amaro, moderada por Fernando Rosas e Luís Trindade. 

António Rafael Amaro é Doutorado em História Contemporânea, professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (UC), onde coordena o núcleo de História Económica e Social. É coordenador do Doutoramento em Estudos Contemporâneos do Centro de Estudos Interdisciplinares (CEIS20) da UC, onde também coordena o grupo de investigação em História e Memória. Entre as suas publicações sobre a revista Seara Nova e o movimento seareiro, destacam-se, A Seara Nova nos anos vinte e trinta (1921-1939), 1995; «A revista Seara Nova: importante lugar de memória na luta pela modernidade» (1921-1929), Vértice, II série, nº 62, Set./Out., 1994,  pp. 25-36; «A Seara Nova e a resistência cultural e ideológica à ditadura e ao Estado Novo (1926-1939), Revista de História das Ideias, nº 17, 1995, pp. 405-438; «Coordenadas do pensamento Político da Seara Nova», in AAVV, Seara Nova: Democracia/Razão/Europa, Porto, Campo das Letras, 2001.

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