Num momento em que passam 85 anos da abertura do Campo de Concentração do Tarrafal, convidámos o investigador Victor Barros para nos falar das diferentes vidas de um local que se tornou símbolo da repressão, mas também da resistência, à ditadura e ao colonialismo. Conversa com Víctor Barros conduzida por Fernando Rosas e Miguel Cardina.
Víctor Barros nasceu em Cutelon, Burbur dos Picos, zona do interior da ilha de Santiago, em Cabo Verde. É historiador, doutorado em Estudos Contemporâneos pela Universidade de Coimbra com uma tese sobre Comemorações e Memória do Império nas Colónias Durante o Estado Novo, tese essa distinguida em outubro de 2020 com uma menção honrosa no Prémio Internacional de Investigação Histórica Agostinho Neto. É também autor do livro Campos de Concentração em Cabo Verde: As Ilhas como Espaços de Deportação e Prisão no Estado Novo, distinguido com uma Menção Honrosa no Prémio de História Contemporânea Vitor de Sá, em 2008. Os seus interesses de investigação centram-se nas questões da história colonial e dos impérios coloniais, dos anticolonialismos, das políticas de memória, dos usos públicos da memória colonial, da escrita da história, entre outros. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e, enquanto tal, frequentou seminários de investigação na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, e realizou trabalhos de pesquisas de arquivo em Angola, Cabo Verde, Moçambique e Portugal. É investigador integrado do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa e trabalhou como membro do projeto de investigação “Amílcar Cabral – Da História Política às Políticas de Memória”, tendo nesse âmbito realizado missões de pesquisas de arquivo e seminários em França, na Guiné-Bissau e em Cabo Verde. Tem artigos publicados em periódicos como The International History Review; Revista Portuguesa de História; Revista Angolana de Sociologia; Práticas da História: Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past, entre outros.
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