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Ataque a ambientalista em Torres Novas aumenta revolta da população

O caso do ataque contra o ativista ambiental Arlindo Marques, enquanto este filmava uma descarga de poluentes, vai seguir para tribunal. Entretanto, cresce a indignação da população face à poluição da "Ribeira da Boa Água” e contra a empresa apontada como responsável.

A TVI transmitiu esta sexta-feira uma reportagem na qual é novamente abordado o ataque violento, por parte do dono e filho do dono da fábrica Fabrióleo, contra Arlindo Marques e o filho de 10 anos (ler artigo Ambientalista e filho atacados violentamente em Torres Novas).

Nesta peça, os residentes queixam-se de viver paredes meias com um “canal de esgoto a céu aberto com um cheiro nauseabundo”, que não é mais do que “veneno para a saúde”, e defendem que “esta situação não se admite em parte nenhuma do mundo”.

Os populares lembram ainda que esta “é uma zona de passagem, onde as pessoas circulam e que se situa junto a uma zona comercial”.

As histórias de intimidação, que, segundo a TVI, “são mais que muitas”, alimentam o medo que leva muitas pessoas a não denunciarem a situação.  

No final de 2015, e tendo em conta o histórico de descargas poluentes e a desobediência a embargos decretados pela Agência Portuguesa do Ambiente e pela Câmara de Torres Novas, a Câmara e a Assembleia Municipal de Torres Novas decidiram, por unanimidade, rejeitar o reconhecimento de interesse público municipal solicitado pela empresa Fabrióleo.

As descargas da empresa são conhecidas desde 2013 quando o Grupo Parlamentar do Bloco exigiu que o governo em funções que atuasse, e este reconheceu a necessidade de fiscalização permanente, para verificar se as licenças estavam a ser cumpridas. Mas pouco ou nada foi feito para alterar a situação. 

Em junho de 2016, Grupo Parlamentar do Bloco questionou o atual Ministério do Ambiente sobre como pensa atuar perante a poluição na Ribeira da Boa Água e a atuação da Fabrióleo.

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