Lutas

Trabalhadores da Museus e Monumentos foram à sede do Governo exigir valorização

17 de dezembro 2024 - 15:58

Negociações podem começar em 2025, mas está tudo em aberto. Sindicato fala em "graves problemas" com falta de pagamentos.

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Concentração dos trabalhadores da Museus e Monumentos
Concentração dos trabalhadores da Museus e Monumentos. Still do vídeo da FNSTPFPS

Os trabalhadores da Museus e Monumentos, Entidade Pública Empresarial, juntaram-se esta segunda-feira junto à sede do Governo, em Lisboa, para exigir a valorização das suas carreiras e a regularização dos pagamentos de salários e horas extraordinárias.

Em frente à concentração, os trabalhadores montaram uma árvore de Natal feita de presentes. Esses embrulhos contêm as reivindicações dos trabalhadores daquela empresa e são para entregar, como prenda de Natal, à ministra da Cultura.

À Rádio Renascença, o sindicalista Orlando Almeida, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas (FNSTPFPS) explicou que os trabalhadores “querem ver as suas carreiras valorizadas” e que vivem “graves problemas com a falta de pagamentos de horas extraordinárias”.

“Nunca conseguimos chegar à fala com a ministra. Isso aconteceu a semana passada, com o objetivo provavelmente de desmobilizar os trabalhadores”, disse Orlando Almeida. Os trabalhadores organizados da Museus e Monumentos estão em luta desde maio. Desde então, os seus protestos encerraram o Mosteiro dos Jerónimos e a Fortaleza de Sagres, mas também outros museus e monumentos.

Segundo o sindicalista, a partir de janeiro está em cima da mesa a possibilidade de negociações, mas os trabalhadores decidiram manter as ações de protesto, afirmando não assinar “cheques em branco”, uma vez que tudo depende “do que o Governo tiver para apresentar”, sem garantias do que a ministra e a secretária de Estado “têm em mente”.