Trabalhadores da Autoeuropa: Greve geral deve exigir fim da onda de despedimentos

12 de novembro 2010 - 12:17

Coordenadora das CT's do parque industrial da Autoeuropa apela a que CGTP e UGT incluam nos objectivos da greve geral o “fim da onda de despedimentos e a defesa das empresas públicas”. Deputada Mariana Aiveca do Bloco confronta ministra do Trabalho na AR. Helena André diz que despedimentos colectivos estão a diminuir.

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Groundforce, 366 trabalhadores foram despedidos por e-mail - Foto de Homem de Gouveia/Lusa (arquivo)

A Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa, reunida nesta sexta feira, aprovou uma tomada de posição onde alerta: “voltam os despedimentos em massa, 700 só esta semana”.

Os representantes dos trabalhadores do parque industrial da Autoeuropa solidarizam-se com os trabalhadores da Mactrading, Valsan, Páginas Amarelas/PT e Groundforce/TAP e denunciam que o despedimento dos 336 trabalhadores da Groundforce por mail é “uma tentativa de asiatização das relações laborais em Portugal”.

A coordenadora apela ainda à CGTP e à UGT a que integrem “na mobilização nacional para a greve geral, a exigência do fim da onda de despedimentos e a defesa das empresas públicas ao serviço da economia nacional” (aceda aqui ao comunicado na íntegra).

Ontem, quinta feira, na Assembleia da República, a deputada Mariana Aiveca do Bloco de Esquerda questionou a Ministra do Trabalho, Helena André, sobre os despedimentos colectivos na Groundforce e nas Páginas Amarelas, e noutras empresas, qualificando-os de “absolutamente inaceitáveis”.

Em relação ao despedimento colectivo na Groundforce, a ministra do Trabalho disse à comunicação social: "O que o Governo terá de fazer, como em qualquer processo de despedimento colectivo, é verificar como o processo foi conduzido. Portanto, a Autoridade para as Condições de Trabalho irá fazer isso na medida em que é a forma de actuar em todos os casos deste tipo". Helena André disse ainda na AR que os despedimentos colectivos estão a diminuir.