Secretário-geral da CGTP diz que "quando estão em causa a dignidade, a democracia e a justiça é preciso lutar", acrescentando que a greve é um cartão vermelho ao governo e às suas práticas contra os trabalhadores do setor privado e público e que levam ao empobrecimento do país.
Um grupo de jovens aproveitou o dia de Greve Geral para se deslocar à sede da PT e pedir contas pelos 260 milhões de euros que os grandes accionistas se preparam para roubar nos impostos. Ver panfleto.
No dia da greve, os trabalhos na Assembleia Legislativa ficaram marcados pelo facto de todos os partidos da oposição presentes terem abandonado a sessão em solidariedade para com os trabalhadores em greve, uma iniciativa que partir do Bloco de Esquerda.
No final do dia, milhares de pessoas assistiram ao concerto organizado pelo SPGL, em Lisboa, e festejaram a maior mobilização grevista de sempre, que assim respondeu às medidas de austeridade do Governo. À festa da greve geral juntaram-se Carvalho da Silva (líder da CGTP) e Libério Domingues (União de Sindicatos de Lisboa).
O êxito da Greve Geral é acentuado nas notícias da imprensa estrangeira. No site do jornal espanhol “El Mundo” pode ler-se em título: “A maior greve geral de sempre em Portugal”.
Carvalho da Silva e João Proença destacaram que a greve geral foi a de maior impacto na história do país e sublinharam que o movimento traduziu a esperança dos trabalhadores num futuro melhor
Na Lusa, a greve registou uma forte adesão entre os jornalistas ao serviço na sede da empresa. O piquete da manhã paralisou a 100%. Já os trabalhadores da RTP denunciaram que o canal público recorreu à contratação por outsourcing para minimizar falhas deixadas pela Greve Geral.
Em Braga, ao piquete de greve dos estudantes juntaram-se os professores para um concentração que reuniu 80 pessoas. Em Letras, no Porto, onde apenas 7 aulas se realizaram, o piquete de greve mantém-se com estudantes, professores e funcionários.
Álvaro Silva, dirigente da União dos Sindicatos da Madeira, fez um primeiro balanço da paralisação no arquipélago. Função Pública, educação, saúde com altos índices de adesão.
Mário Nogueira, da Fenprof, diz que a adesão dos professores à greve geral é a maior de sempre numa paralisação não sectorial. Para João Dias da Silva, da FNE, há centenas de escolas encerradas.
Ao Esquerda.net têm chegado fotografias que ilustram a grande mobilização nacional contra a austeridade. É já a maior greve de sempre. Ver aqui a fotogaleria.
À porta da FCSH, a polícia vigia um piquete de greve composto por estudantes e professores. Na Faculdade de Letras de Lisboa, estudantes garantem um piquete de greve e que não há aulas a funcionar.
Os líderes da CGTP-IN e da UGT estiveram esta manhã na Autoeuropa, que está completamente paralisada, e afirmaram-se confiantes no êxito da greve geral, acreditando que a mesma vai contribuir para mudar o rumo da política nacional. O sector dos transportes não desmente isso, a adesão à greve é em força.