Greve é cartão vermelho ao governo

24 de novembro 2011 - 1:17

Secretário-geral da CGTP diz que "quando estão em causa a dignidade, a democracia e a justiça é preciso lutar", acrescentando que a greve é um cartão vermelho ao governo e às suas práticas contra os trabalhadores do setor privado e público e que levam ao empobrecimento do país.

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Greve começou forte. Foto de Paulete Matos, via iPhone

O secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, estimou que "vai haver uma adesão muito grande à greve em todos os sectores de atividade", tendo em conta os dados de que já dispõe.

Na noite desta quarta-feira, o sindicalista esteve no aeroporto de Lisboa, onde no painel informativo se podia ler que a partir das 21h50 todos os voos foram cancelados.

"Quando estão em causa a dignidade, a democracia e a justiça é preciso lutar", disse Carvalho da Silva, acrescentando que "a greve é um sacrifício a bem do país e não contra o país".

E concluiu: "Isto é um bom cartão vermelho ao Governo e às suas práticas contra os trabalhadores do setor privado e público e que levam ao empobrecimento do País".

Amável Alves, coordenador da Federação sindical dos Transportes e Comunicações disse à agência Lusa que a greve geral no sector dos transportes "começou em grande".

O sindicalista referiu o caso dos navios de carga e passageiros que "estão a ser todos desviados para Espanha", destacando que está prevista a paralisação total dos pilotos das barras e dos trabalhadores dos portos de todo o país.

Mais tarde, Carvalho da Silva e João Proença estiveram na porta do centro de recolha de carros do lixo dos Olivais, em Lisboa, de onde, entre as 22h e as 22h30, saiu apenas uma viatura, cujo condutor foi assobiado pelos colegas de trabalho.