Elon Musk enviou uma mensagem geral aos trabalhadores da Tesla a anunciar o despedimento de perto de 15.000 trabalhadores, “mais de 10% da força de trabalho a nível global”. Segundo a Reuters, os despedidos receberam um e-mail a anunciar que perderiam o emprego imediatamente.
O segundo homem mais rico do mundo atualmente, de acordo com a lista da Forbes, justifica o despedimento em massa como uma redução de custos e aumento de produtividade com vista à “próxima fase de crescimento”. Como é hábito neste tipo de comunicações, indica ainda que foi uma “decisão difícil ”.
Daqui a poucos dias, a 23 de abril, a empresa vai anunciar os resultados do primeiro trimestre deste ano. Mas sabe-se já que as vendas caíram em 8,5% (de 423 carros vendidos para 386.810) e as ações perderam perto de 30% do seu valor.
Depois de um período de rápido crescimento na venda dos seus veículos elétricos, a Tesla revela dificuldades em lidar com a concorrência. A dos grandes fabricantes de automóveis tradicionais que se viraram para este setor mas também a das empresas chinesas que conseguem colocar no mercado automóveis a preços mais baratos.
A Tesla tem tentado reagir, diminuindo preços de alguns modelos sobretudo nos EUA e anuncia agora que apresentará um “robot-táxi autónomo” em agosto. A Reuters tinha antes disso, a 5 de abril, noticiado que o lançamento do automóvel elétrico “barato”, o chamado Modelo 2, que deveria começar a ser produzido em 2025, tinha sido cancelado. O Electrek assinalou que muitos dos despedidos estavam a trabalhar neste modelo.
A empresa enfrenta ainda uma hemorrogia de altos quadros dirigentes. Esta segunda-feira, Andrew Baglino, vice-presidente sénior do setor de engenharia energética, comunicou na rede social X que, depois de 18 anos, tinha decidido sair. O mesmo o fez Rohan Patel, diretor global sénior de políticas públicas e desenvolvimento empresarial, que trabalhava há oito anos na Tesla. Há menos de um ano tinha sido o seu chefe financeiro, Zach Kirkhorn, a sair.
