Numa ação de rua promovida em frente à sede da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, a Comissão de Trabalhadores denunciou que o número de viagens não realizadas não parou de aumentar este ano, devido à falta de motoristas.
“Há uma falta de carros na rua brutal. Em julho, cerca de 9.000 viagens não foram efetuadas” por insuficiência de motoristas para a cobertura dos serviços programados, disse Pedro Silva, da CT dos STCP, à agência Lusa. E a divulgação das escalas de inverno permite concluir que a situação se poderá agravar nos próximos meses.
"Aparentemente, esta degradação do serviço da STCP, S.A. é premeditada, com o propósito de facilitar, aos olhos da opinião pública, a passagem do serviço de transportes" para as mãos de privados, denuncia a CT em comunicado.
Os trabalhadores fizeram as contas à totalidade do serviço que ficou por prestar aos utentes e calculam que ele equivale a três dias de paralisação dos transportes urbanos do Porto. A CT defende a "contratação urgente de motoristas", já que faltam 140 motoristas para que a empresa possa cumprir todos os serviços. Mas a administração não substitui os profissionais que se reformam e recorrem sistematicamente ao trabalho suplementar, deixando "muitas vezes alguns deles sem tempo para almoçarem ou jantarem" e pondo em risco a segurança de trabalhadores e passageiros.
"Aparentemente, esta degradação do serviço da STCP, S.A. é premeditada, com o propósito de facilitar, aos olhos da opinião pública, a passagem do serviço de transportes" para as mãos de privados, denuncia a CT em comunicado. Os trabalhadores pretendem agora ser recebidos pelo ministro da Economia até ao fim do mês. Caso esse encontro não se concretize, irão apelar à greve ao trabalho suplementar.
