A decisão do Governo de entregar a privados o serviço de transportes de passageiros no Porto tem merecido a oposição dos trabalhadores da empresa, que vêem nela "mais um passo no caminho de destruição da STCP". A Comissão de Trabalhadores acusa o Governo de promover o encerramento de linhas e a diminuição de autocarros em circulação, ao mesmo tempo que "os passageiros pagam bilhetes mais caros e os contribuintes pagam cada vez mais impostos ao Estado".
“Com o silêncio e cumplicidade da Câmara Municipal do Porto, e o negócio só é vantajoso para os privados que vão ficar com a concessão” das duas transportadoras, porque a população não tem “nenhuma” vantagem.
Para João Semedo, as experiências de concessão de transportes públicos ao setor privado " têm-se traduzido numa perda de qualidade e aumento do seu preço”, razão pela qual esteve no protesto a defender a mobilização de trabalhadores e utentes no sentido de travar o processo.
“Há várias decisões que têm sido travadas. Não há nenhuma razão para não acreditar que também esta pode ser travada. É esse o apelo do BE a todos os autarcas, trabalhadores e população, para que em conjunto se faça força para que o Governo recue nesta decisão de privatizar os transportes públicos do Porto”, disse o coordenador do Bloco, citado pela agência Lusa.
“Neste caso concreto”, acrescentou Semedo, “com o silêncio e cumplicidade da Câmara Municipal do Porto, e o negócio só é vantajoso para os privados que vão ficar com a concessão” das duas transportadoras, porque a população não tem “nenhuma” vantagem.